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sábado, 29 de setembro de 2012

Casas PET


"PET é um material plástico que possui alta resistência contra agentes agressivos."

O QUE É PET?

O PET (Politereftalato de Etileno) é um poliéster, polímero termoplástico. PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, entre vários outros.

O PET proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o contato com agentes agressivos. Possui excelente barreira para gases e odores. Por isso é capaz de conter os mais diversos produtos com total higiene e segurança – para o produto e para o consumidor.

A embalagem de PET tem mostrado ser o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo o mundo, reduzindo custos de transporte e produção, evitando desperdícios em todas as fases de produção e distribuição.

INTRODUÇÃO

"Furos para a colocação de eletrodutos."

A Casa PET é a possibilidade concreta de gerar casas pré-fabricadas através da reciclagem de garrafas plásticas. As paredes da casa são formadas por painéis modulares que incorporam as garrafas plásticas no seu interior, melhorando o desempenho térmico, diminuindo o seu peso e conferindo maior espessura da parede e rigidez ao conjunto. Utiliza garrafas vazias, cujo material é abundante e de grande durabilidade, estimula a coleta seletiva e diminui a sua presença em lixões e aterros sanitários, diminuindo o impacto ambiental nas grandes cidades.

O objetivo é apresentar o desenvolvimento da tecnologia de fabricação de painéis com garrafas de polímero termoplástico recicladas.

O PROJETO

O projeto busca proporcionar flexibilidade compositiva à casa, de modo que seja possível sua montagem com elementos pré-fabricados e também permitindo sua ampliação futura, sem necessidade de desocupação da casa.

 "Concretagem dos paíneis com as garrafas dispostas no molde."
  
Para a fabricação do painel (parede com garrafas plásticas) é necessária a combinação de unidades de garrafa, para obter o formato e as dimensões finais projetadas. A fabricação do molde pode ser executada com diversos materiais e a classificação, corte, limpeza e preparo das garrafas plásticas, podem ser realizados por uma pessoa devidamente treinada.
  
A fabricação dos painéis de paredes portantes (são aquelas que aguentam seu peso e de outros elementos estruturais) é feita em moldes de madeira, fibra de vidro ou chapa de aço, dependendo da escala de produção.  Os painéis são formados por colunas verticais com garrafas PET cortadas e encaixadas, reforçadas com treliça de aço plana em seu perímetro e revestidas nas duas faces com argamassa de cimento e areia. A cobertura também pode ser fabricada com painéis planos ou curvos, executados com o mesmo sistema construtivo, buscando-se a racionalização do projeto de habitação térrea.

Para a caracterização da resistência e comportamento em serviço do sistema, foram fabricados seis painéis com garrafas plásticas. Os resultados demonstraram uma adequação do sistema construtivo para a construção de uma edificação térrea em função de sua capacidade portante e da resistência satisfatória do impacto de corpo mole.

APLICABILIDADE NO SETOR PRODUTIVO

Permite a geração de mão-de-obra em cinco etapas:
  • reciclagem e limpeza das garrafas;
  •  fabricação dos painéis;
  •  transporte e armazenamento;
  •  montagem dos painéis, esquadrias;
  •  acabamentos dos elementos de cobertura.

A racionalização do projeto que prevê futuras ampliações e a pré-fabricação com controle industrial dos processos possibilitam uma obra limpa, econômica e de rápida execução.

O SISTEMA CONSTRUTIVO

  • A fabricação dos moldes pode ser executada em madeira, fibra de vidro ou chapas de aço, dependo da escala de produção;
  • A reutilização das garrafas (classificação, corte, limpeza e preparo delas) pode ser feita por uma pessoa em 1 hora por painel;
  • A fabricação dos painéis (a concretagem, a colocação das armaduras de reforço, a inserção das colunas de PET e o revestimento final) pode ser feita por duas pessoas em 1 hora e meia;
  • cura e desmolde é realizada em temperatura ambiente com um plástico de proteção sobre o painel para mantê-lo saturado. O desmolde pode ser efetuado após 20 horas;
  • O transporte e armazenamento pode ser feito manualmente por quatro pessoas ou com um caminhão, e devem permanecer armazenados por 14 dias para adquirir a sua resistência final;
  • A montagem dos painéis de uma casa de 40m² pode ser executada por quatro pessoas em aproximadamente 48 horas;
  • A cobertura, esquadrias e finalizações da mesma casa pode ser feita por quatro pessoas em um máximo de 14 dias.
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Assista a essa breve reportagem fornecida pelo programa “Bom Dia RN” para conhecer mais sobre essas estruturas de PET.


domingo, 23 de setembro de 2012

Fosfogesso


"Fosfogesso é a denominação que se dá ao gesso de origem química."

INTRODUÇÃO

Testes realizados com o fosfogesso, um subproduto da indústria de fertilizantes, comprovam que o produto pode ser utilizado na construção civil, até mesmo em substituição ao cimento convencional.

Foi desenvolvido um método que utiliza esse material para produzir elementos cerâmicos – blocos para construção civil – com uma resistência que atinge até 90 Mpa. Concretos de alto desempenho têm em média uma resistência de 50 Mpa

O QUE É FOSFOGESSO?


O gesso normalmente utilizado na construção, principalmente em acabamentos e decorações, é proveniente do mineral gipsita. Já o fosfogesso é gerado no processo de fabricação de fertilizantes, em que a rocha fosfática é atacada por ácido sulfúrico resultando em fosfogesso e em ácido fosfórico, que é a base dos fertilizantes fosfatados.

Visando a busca de materiais que diminuam o custo na construção civil, bem como o impacto causado ao meio ambiente, descobriram que o fosfogesso (sulfato de cálcio proveniente da fabricação de fertizantes) pode ser a solução para se obter construções mais baratas, resistentes e sustentáveis. Esse subproduto é descartado em aterros específicos.

PROCESSAMENTO DO FOSFOGESSO

O processamento do fosfogesso gera a obtenção de elementos cerâmicos de alta resistência. Com a tecnologia será possível desenvolver uma planta piloto (pequena fábrica) capaz de oferecer ao mercado da construção civil produtos como placas e blocos estruturais de fosfogesso pré-acabados para construção.

Em habitações populares os produtos serão de grande utilidade, permitindo maior rapidez e menos trabalho de acabamento. A tecnologia já está consolidada e as parcerias e investimentos poderão facilitar a entrada do produto no mercado.

A resistência do material já foi comprovada. Agora, os pesquisadores realizam testes para verificar o grau de deformação do material, ao longo do tempo, quando submetido a condições específicas.

O próximo passo da pesquisa é obter a certificação do material de construção junto ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o que poderá tornar o fosfogesso para a construção civil comercializável.

Precisamos utilizar o concreto, que é um material nobre, apenas em obras nobres, como grandes edifícios. O concreto tem suas virtudes, mas não deve ser utilizado em qualquer situação, sobretudo quando há um substituto para ele.

DESCARTE DO FOSFOGESSO

Apesar de ser um material inerte e não representar grandes riscos ao meio ambiente é necessário dispor de grandes áreas para descartar esse material. Devido à grande quantidade de resíduo gerado (na média mundial, para cada tonelada de áci­do fosfórico criada são geradas 4,5 toneladas de fosfogesso), sua disposição final no ambiente é feita em pilhas a céu aberto, o que envolve custos para as empresas que precisam arcar com o preparo do terreno de acordo com as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) além dos gastos com transporte e manejo do material, que inclui projeto de impermeabilização e projeto estrutural das montanhas de fosfogesso.

Atualmente no Brasil, há um estoque de fosfogesso de cerca de 150 milhões de toneladas. A produção anual é de cerca de cinco milhões de toneladas por ano. E a tendência é de aumento, já que a indústria de fertilizantes tende a crescer.

MÉTODO UCOS (UMEDECIMENTO, COMPACTAÇÃO E SECAGEM)

Para a utilização do fosfogesso pelo método UCOS, o produto deve passar por um pré-tratamento (desidratação) onde é aquecido para chegar à condição hemi-hidratada. No método UCOS, o pó de fosfogesso hemi-hidratado é umedecido e colocado em um molde no qual recebe uma compressão, mistura-se água ao pó de fosfogesso sempre na proporção de 5:1 (5 de pó e 1 de água). Os moldes podem ter formatos diversos (placas, blocos com desenhos diversos).

A compressão faz com que as partículas de fosfogesso se aglomerem e formem um corpo rígido e resistente. O tempo em que o fosfogesso fica sob pressão é curto (alguns segundos) e, em seguida o material pode ser retirado dos moldes para secagem e uso, o que leva em torno de 30 minutos.

RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

O fosfogesso é um material cuja produção possui um impacto ambiental menor que o do cimento (para cada tonelada de cimento produzido é jogado três toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, enquanto que o fosfogesso é produzido em larga escala durante a fabricação de fertilizantes, mas, no entanto não é utilizado, sendo descartado em aterros) e são de fácil reciclagem, promovendo assim o desenvolvimento sustentável da construção civil.

Além disso, o método UCOS oferece uma solução para o descarte do fosfogesso no meio ambiente: uso como matéria prima para a construção civil. Com esse método podemos propor habitações de interesse social (HIS), cujo custo é baixo e visa amenizar o déficit de habitações no Brasil, onde esse déficit é de cerca de sete milhões de habitações para a população, além os 12 milhões de habitações em situação precária.

OUTRAS APLICAÇÕES

Outras aplicações do fosfogesso têm sido estudadas por instituições e cientistas do Brasil e do mundo. Entre elas estão a sua utilização em aterros sanitários a fim de aumentar a sua vida útil, a produção de gesso acartonado, aplicação na agricultura e pavimentação de ruas e rodovias. 

domingo, 16 de setembro de 2012

Casas de Plástico


"As Casas de Plástico são feitas a partir de placas de polietileno e estruturas metálicas."

INTRODUÇÃO

A Casa Popular de Plástico, como o próprio nome já diz, é uma casa feita visando à população de baixa renda, utilizando placas plásticas de polietileno preenchidas com espuma de poliuretano e estrutura em perfis metálicos ou plásticos entre as placas.

A casa em questão é concebida em um padrão popular e dispõe de 2 quartos, 1 banheiro e uma sala/cozinha. A área privativa é de cerca de 45 m².

FABRICAÇÃO

A Casa Plástica é feita a partir de uma estrutura metálica utilizando um aço de alta qualidade e resistência, suportando assim elevados índices de corrosão. A vedação é feita utilizando uma fôrma plástica preenchida com espuma de poliuretano e feito o acabamento interno em gesso, tornando-a extremamente leve, porém sem perder as suas principais características que são o conforto e a durabilidade.

É importante salientar que devido à espessura da vedação houve um ganho de aproximadamente 13% em área em relação às casas que utilizavam estrutura convencional.

A caixa d’água terá um formato apropriado para inserir-se na estrutura, ficando “encaixada” entre o telhado e a estrutura do banheiro. Os demais materiais como portas, janelas, louças serão todos de padrão popular, ficando a critério do cliente as melhorias e implementações dos mesmos.

DESENVOLVIMENTO

Uma versão inicial da casa havia sido desenvolvida para fins comerciais. Para exposição ao público, foi concebida uma segunda versão. A casa foi estruturada com uma placa nas dimensões de 61 x 49,2 cm. Entre cada placa havia um perfil enrijecido de 2”.

Na terceira versão várias modificações foram feitas. Uma nova placa foi desenvolvida, obtendo-se redução na mão-de-obra devido a maior praticidade e redução na quantidade de perfis metálicos, barateando mais ainda o custo final. Vale ressaltar que esses perfis metálicos serão substituídos por perfis de PVC de alta rigidez utilizando um tipo especial de plástico reciclado com aditivos que proporcionarão maior resistência ao plástico, mantendo o mesmo custo e melhorando a produtividade.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

As placas plásticas são produzidas em Polietileno de Alta Densidade (PEAD) 100% reciclado, resultando em peças de grande rigidez e baixa deformabilidade. Uma face da placa é de aparência lisa e o outro lado é nervurado.

O lado nervurado das placas de plástico será preenchido com espuma de poliuretano, visando obtenção de uma peça leve visando promover uma proteção térmica e acústica. Após a montagem das placas, é feito o acabamento interno em gesso. Dessa forma poderá haver a aplicação de textura, pintura convencional (tinta látex) e até a colocação de revestimento cerâmico.

A fixação das placas ocorre através de perfis de PVC no sentido vertical, que causam uma grande rigidez, e no sentido horizontal perfis “H” para fixarem as placas. Nessa fixação, devido à posição dos perfis, a casa torna-se totalmente impermeável, não havendo a possibilidade de infiltrações. Note que todos os perfis são galvanizados garantindo assim a proteção contra corrosão.

Nos aspectos térmicos, a Casa Plástica se comporta tão bem quanto uma casa convencional de alvenaria e concreto. O poliuretano, que está inserido na placa, tem uma grande função de isolamento térmico da estrutura. As telhas que compõe a coberta são feitas a partir de fibra vegetal (telha ecológica) o que garante uma alta qualidade e ao contrario do amianto não transmite temperatura para o ambiente interno. Além disso, o cliente tem a possibilidade de optar por uma coberta convencional, constituída por telhas cerâmicas ou mesmo um telhado de madeira proveniente de reflorestamento.

A ventilação é garantida através das localizações das janelas (que ficam ao critério do cliente) e do posicionamento da casa no terreno.

As instalações elétricas podem ser externas ou embutidas no revestimento de gesso, ficando a critério do cliente sua escolha. Evidente que no uso residencial as instalações seriam esteticamente melhor se embutidas. Mas no caso de uma casa para fins comerciais, como um canteiro de obra, por exemplo, a instalações externas são mais práticas devido às possibilidades de futuras mudanças.

Os acabamentos da casa podem ser feitos utilizando textura acrílica. A textura além de ser um bom acabamento, é extremamente prática de se aplicar e tem um custo bem inferior a qualquer outro sistema de acabamento.

Como se trata de uma casa pré-fabricada o tempo de sua execução é bem inferior aos sistemas tradicionais. A montagem da casa no terreno do proprietário levará exatamente um dia, estando o terreno preparado segundo as imposições do fabricante. Ver que essa montagem será completa, ou seja, estrutura, instalações e acabamentos. Apenas a aplicação do gesso seria feita no dia seguinte.

Por se tratar de uma casa que ainda esta em concepção, portanto passando por um processo de análise de materiais, ainda não há o preço estimado da casa plástica, porém será um valor inferior ao das casas convencionais existentes no mercado.

CASA DE PLÁSTICO TECNOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL

 "A FINEP reapresenta a casa de plástico, mostrando as quatro tecnologias sustentáveis."

Com 35 metros quadrados, a casa de plástico – criada pela empresa Protensão Impacto – contém quatro inovações sustentáveis. São elas, o jardim vertical, chuveiro híbrido, bancos ecológicos e algodão agroecológico.

Na varanda fica o jardim vertical da Favo Verde, produto em formato de colmeia, feito em fibra de coco prensada, capaz de fixar vegetação plantada no sentido vertical e formar uma espécie de tapete verde. Sua utilização melhora o microclima das cidades, pois além de ser um isolante termoacústico, as plantas absorvem o gás carbônico, liberam o oxigênio e diminuem a temperatura ambiente.

Além do jardim, a parte externa da residência sustentável apresenta bancos de plástico ecológico produzidos pela Cetrel.

Já no banheiro, está exposto o chuveiro híbrido da Exatron, que pode ser utilizado em conjunto com aquecimento tradicional ou solar, proporcionando economia de energia e água. O chuveiro híbrido possui quatro programas de temperatura, temporizador de sinalização, controle remoto e uma tela para mostrar o consumo de água, a vazão e o tempo do banho.

Por fim, no quarto, há produtos à base de algodão colorido agroecológico desenvolvidos a partir de pesquisas realizadas pela Embrapa Algodão.
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Assista a esse vídeo e conheça casas construídas a partir de garrafas PET, material plástico reciclado, no Ceará.


domingo, 9 de setembro de 2012

Concreto Autoadensável


"O concreto autoadensável (CAA) apresenta grande fluidez, tendo como característica uma alta trabalhabilidade, ou seja, é um concreto muito plástico."

INTRODUÇÃO

O processo de globalização tem permitido a engenheiros, calculistas e construtores em geral tomar conhecimento das novidades em tipos de concretos que estão se propagando pelo mundo, como é o caso do concreto autoadensável.

O princípio fundamental para confecção de concretos fluidos e resistentes à segregação é o uso de aditivos superplastificantes e/ou modificadores de viscosidade, combinados com alto teor de finos, sejam eles cimento Portland, adições minerais, fíleres, e/ou areia fina.

DEFINIÇÃO

  • Concreto autoadensável (CAA) identifica uma categoria de concreto que pode ser moldado em fôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de compactação ou vibração externa e o envolvimento das barras de aço e outros obstáculos pelo material, exclusivamente através da ação da força gravitacional, mantendo uma adequada homogeneidade.
Para um concreto ser considerado autoadensável, deve apresentar três propriedades fundamentais: fluidez, coesão ou habilidade passante e resistência à segregação.

  • Fluidez é a capacidade do concreto autoadensável de fluir dentro e através da fôrma preenchendo todos os espaços;
  • Coesão ou habilidade passante é a capacidade de escoamento pela fôrma, passando por entre as armaduras sem obstrução do fluxo ou segregação;
  • Resistência à segregação é a propriedade que caracteriza a capacidade do concreto em se manter coeso ou fluir dentro das fôrmas, passando ou não através de obstáculos.


DOSAGEM E MATERIAS UTILIZADOS NO CAA

Assim como outros concretos especiais, como, por exemplo, o concreto de alto desempenho, o CAA é um material referenciado como uma evolução tecnológica dos concretos tradicionais, fruto da pesquisa aplicada e resultado da introdução conjunta, no elenco das matérias primas básicas do concreto, de adições minerais, adições de fílers e aditivos químicos.

O desenvolvimento destes materiais, principalmente com a descoberta da extraordinária ação de dispersão dos aditivos superplastificantes e a ação coesiva dos modificadores de viscosidade tem impulsionado esta tecnologia.

Os materiais utilizados para produção de CAA são, em teoria, os mesmos utilizados para a produção de concretos convencionais, porém com maior adição de finos, quer sejam adições minerais ou fíleres e de aditivos plastificantes e superplastificantes e por vezes, aditivos modificadores de viscosidade.

O objetivo de qualquer método de dosagem é determinar a combinação adequada e econômica dos constituintes do concreto com vistas a produzir um concreto que possa estar próximo daquele que consiga um equilíbrio entre as várias propriedades desejadas ao menor custo possível.

VANTAGENS

O concreto autoadensável vem sendo caracterizado como uma grande revolução na tecnologia do concreto para a construção civil, possibilitando vários ganhos, diretos e indiretos para o mercado da construção, dentre os principais cita-se:

  • Redução do custo de aplicação por m³ de concreto;
  • Garantia de excelente acabamento em concreto aparente;
  • Permissão de bombeamento em grandes distâncias horizontais e verticais com maior velocidade;
  • Otimização de mão-de-obra;
  • Maior rapidez de execução da obra;
  • Melhoria nas condições de segurança na obra;
  • Eliminação do ruído provocado pelo vibrador;
  • Significativa redução nas atividades de espalhamento e de vibração;
  • Permissão da concretagem sem adensamento em regiões com grande densidade de armadura;
  • Aumento das possibilidades de trabalho com fôrmas de pequenas dimensões;
  • Redução do custo final da obra em comparação ao sistema de concretagem convencional;
  • Aceleração do lançamento do concreto na estrutura, permitindo concretagens mais rápidas;
  • Redução da mão-de-obra no canteiro;
  • Melhoria do acabamento superficial;
  • Aumento da durabilidade devido à redução de defeitos de concretagem;

 A elevada resistência à segregação aliada à fluidez apresentada pelo CAA permite ainda a eliminação de defeitos macro, bolhas de ar e falhas de concretagens, que são diretamente responsáveis pelas perdas no desempenho mecânico do concreto e na durabilidade da estrutura.

APLICAÇÕES

O concreto autoadensável é indicado para utilização em obras convencionais onde se quer maior velocidade de concretagem, redução de custos e melhor qualidade do concreto. Também em casos específicos a sua utilização é recomendada como, por exemplo:

  • Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas;
  • Fundações executadas por hélice contínua;
  • Paredes, vigas, colunas;
  • Parede diafragma;
  • Estações de tratamento de água e esgoto;
  • Reservatórios de águas e piscinas;
  • Pisos, contrapisos, lajes, pilares, muros, painéis;
  • Obras com acabamento em concreto aparente;
  • Locais de difícil acesso;
  • Peças pequenas, com muitos detalhes ou com formato não convencional onde seja difícil a utilização de vibradores;
  • Fôrmas com grande concentração de ferragens.
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Este vídeo mostra uma forma de aplicação do concreto autoadensável feito pela Realmix Concreto em Goiânia (Goiás)
 
 
 

domingo, 2 de setembro de 2012

Casas Anfíbias


"A casa anfíbia será feita de madeira leve, com isolamento total da parte habitável, para impedir qualquer risco de que a água entre."

INTRODUÇÃO

Autoridades britânicas autorizaram a construção de uma casa anfíbia, projetada para ser imune a inundações. A casa será apoiada em fundações fixas, mas, em caso de uma inundação, a construção inteira se erguerá e flutuará sobre a água.

Com isto, o Reino Unido segue um caminho já trilhado pela Holanda, cujas áreas sujeitas a inundações são muito maiores.

A resistência à agua deve-se ao que os arquitetos chamam de “golfinhos”, a casa ficará apoiada entre quatro postes verticais permanentes, responsáveis também por manter a casa no lugar, evitando que ela saia flutuando durante a enchente. 

Outra curiosidade da casa anfíbia é o jardim com terraço em três camadas, que foi projetado para funcionar como um sistema precoce de alerta de inundações, possibilitando ao morador acompanhar a elevação gradual do nível do rio. O jardim em camadas também tem a função de reter água. 

CASAS FLUTUANTES

"Casa flutuante é a nova solução para as mudanças climáticas holandesas." 

A maioria das pessoas já se "preocupa" com as mudanças climáticas, mas quase ninguém se "ocupa" delas, tentando antecipar-se a seus efeitos.

Uma grande exceção está em um grupo de pesquisadores da Holanda, um país com altíssima sensibilidade a qualquer elevação do nível das águas - não é por acaso que a região é conhecida como "Países Baixos".

A equipe apresentou os primeiros resultados práticos do seu projeto Floatec: "casas anfíbias", que podem flutuar no caso de uma cheia.

Não se trata de barcos-casas ou qualquer coisa semelhante. São casas visualmente normais, mas com uma fundação especial que as permite flutuar na ocorrência de uma cheia.

As fundações começaram sendo feitas de múltiplas camadas de uma espuma plástica muito leve, por cima das quais é aplicado o concreto tradicional. A partir daí, a casa inteira é uma casa normal.

Na ocasião de uma enchente, a camada de plástico faz a casa inteira flutuar, como se fosse um barco, evitando que a água penetre e permitindo que a família permaneça em seu interior.

O protótipo funcionou bem, mas o projeto apresentava limitações de tamanho e peso máximos da casa, que, se não fossem respeitados, fariam com que a casa perdesse a flutuabilidade e afundasse.

O pesquisador Edwin Blom, coordenador do projeto, conta que foi encontrar a solução em uma empresa de nanotecnologia da Espanha, a Acciona Infrastructures, especializada no uso da nanotecnologia para a fabricação de compósitos - os chamados nanocompósitos.

CASAS ANFÍBIAS COM NANOTECNOLOGIA

Os nanocompósitos já são usados pela indústria aeroespacial, mas o grupo teve que desenvolver uma solução mais barata.

O material básico é o EPS, ou poliestireno expandido, do mesmo tipo usado em embalagens. O poliestireno modificado é inserido entre várias camadas de plástico e concreto, o que permite criar grandes estruturas de suporte, tão grossas quanto necessário para suportar a casa que se deseja construir.

Isso não apenas solucionou o problema da limitação do tamanho e peso, como reduziu o custo da casa anfíbia, cuja base flutuante agora é mais barata do que a solução inicial.

"Nós simplesmente não precisamos mais usar tanto material quanto usávamos. Blocos pequenos agora podem suportar grandes estruturas e, no fim, o custo da construção inteira foi reduzido," diz Blom, que já criou uma empresa, a Dura Vermeer, para comercializar a tecnologia das casas flutuantes.
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Reportagem bastante interessante sobre as casas flutuantes em Amsterdã, onde se vive desastres climáticos.