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sábado, 31 de março de 2012

ÉTICA PROFISSIONAL



Ética profissional é o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve orientar seu comportamento profissional

Ética x Moral

É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral. Estas duas áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.

A Moral baseia-se em regras que visam estabelecer certa previsibilidade para as ações humanas, estabelecendo regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.

A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral. Ela é diferente da Moral pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.

Quando se inicia a reflexão: “ética profissional”?

Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes da prática profissional.

A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.

Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.

Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir.

Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.

Como é a reflexão: “ética profissional”?

Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao dia-a-dia.

Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo.

Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade?

É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que dependem do bom desempenho desta.

Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.

Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, for agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.

Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a seu viver.

E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.

Relações sociais

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as pessoas.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz a coisa certa.

Atividade voluntária

Outro conceito interessante de examinar é o de profissional, como aquele que é regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em oposição a amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade voluntária não seria profissional, e esta é uma conceituação polêmica.

Em realidade, voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática profissional não remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em beneficência, por um período determinado ou não.

Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício profissional se este fosse remunerado.

Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele!
Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.

Pontos para reflexão

É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência.

Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você...

Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!
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Assista a esse vídeo bastante interessante sobre o que é ética, uma introdução aos códigos de ética profissional, através de profissionais ligados ao código.

sábado, 17 de março de 2012

ESTUDOS SOCIAIS E AMBIENTAIS



Os Estudos Sociais e Ambientais analisam e interpretam os processos de urbanização e de formação dos assentamentos urbanos, instrumentalizam os alunos no uso de conceitos, recursos e ferramentas de análise de informações geográficas, particularmente em questões urbanas, sociais e ambientais.

As cidades

As perguntas básicas que nos esquecemos de fazer ao planejar, porque julgamos que a resposta é obvia são: o que é uma cidade? O que é a cidade que pretendemos assumir a responsabilidade de planejar?

As cidades estão na ordem do dia, não por suas qualidades que são muitas, mas pela coleção de problemas que acumulam. Violência urbana, marginalidade, invasões, favelização e trânsito são assuntos recorrentes na imprensa, sempre com a indispensável presença de autoridades e especialistas dando explicações inexplicáveis e ditando soluções mágicas.

Mesmo na voz de urbanistas e especialistas em trânsito, o planejamento é apresentado frequentemente como um instrumento mágico, que para gerar uma cidade feliz depende apenas do correto acerto entre variáveis correlatas em um jogo de decisões lógicas.

De fato, o enfoque para a elaboração de um Plano Diretor baseia-se em um enfoque sistêmico, que deve considerar a influência mutua e a integração de todos os elementos envolvidos no processo de planejamento urbano, que devem ser equacionados, avaliados e integrados por um processo lógico na tomada de decisões.

Decisões baseadas em um cuidadoso levantamento e uma criteriosa análise em bases científicas dos dados disponíveis, para construir o diagnóstico que fundamentará o Plano.

Entretanto, o conhecimento da cidade a planejar é mais do que isto, mais do que tabelas, gráficos e projeções: também é necessário e tão importante como conhecimento e domínio técnico – intuição e sensibilidade do planejador para o universo de coisas que não estão sujeitas a manipulação por algoritmos lógicos. Imaginação, espírito solidário, humildade e amor pelo trabalho também ajudam.

A alma irracional das cidades

Uma cidade tem vida própria, mas a sua alma é irracional – a alma coletiva do povo. Os rituais urbanos e os comportamentos de sua população não estão sujeitos a controle estrito de mecanismos lógicos e técnicos, não obedecem a previsões e não vivem em cenários futuros. São identificados, mas voláteis; podem ser objeto de estatísticas, mas não possuem média ponderada.

Constituem campo da tradição, de usos e costumes locais e de forças movidas por interesses e preferências de grupos ou indivíduos. Para complicar, as pessoas são influenciadas por fatores econômicos e sociais que extrapolam a área dos municípios e vão além do alcance do planejamento urbano como nos entendemos. Nenhuma cidade é uma ilha social ou economicamente.

O urbanismo e a arquitetura são produtos do cérebro humano e como tal, refletem a sua enorme complexidade. Entretanto, a nossa mente, ainda arcaica – impulsiva e emotiva – não tão racional como orgulhosamente imaginamos, se posta perplexa frente ao universo que concebeu, mas para o qual não foi preparada ao longo da evolução.

Evoluímos durante três milhões de anos em um ambiente muito diferente do atual, que começamos a construir a menos de 10.000 anos.

No desafio em sobreviver em um ambiente nem sempre amigável, e isto inclui não apenas as ásperas paisagens de um passado remoto, mas também nossas modernas cidades, o Homem criou para se defender o confronto entre a dura realidade e a fantasia e, para ir além de suas necessidades, pretendeu colocar seu espírito no patamar dos deuses.

Julga-se senhor da Terra, não costuma abandonar seus desejos e, se não chegou ao paraíso, construiu obras dignas das divindades, embora a um preço excessivamente alto em sofrimento, degradação e miséria, para a uma parte significativa dos membros de sua espécie e para o ambiente.

As cidades são espaços rituais e de interação, são bases físicas para o comportamento e ação humanas. Podem reunir as pessoas ou afastá-las, tornar estranhos em amigos ou contribuir para criar seres solitários.

As cidades não são estruturas físicas neutras: influenciam e induzem o comportamento e a sensibilidade humana e funcionam movidas pelo espírito de seus usuários impregnado na pedra, pavimento e espaço.

Falo aqui do nosso cliente desconhecido, o componente irracional que ignoramos em nossas propostas: os habitantes das cidades que pretendemos favorecer com nossos planos. Ao qual adicionamos, por pertencerem à mesma espécie: os arquitetos e urbanistas, os administradores públicos e a classe política.

Este aspecto irracional – por ser impulso e emoção – se manifesta em vários aspectos da vida urbana, nas decisões dos urbanistas e dos administradores públicos, mas é presente na vida de todos nos de forma explícita e constante no trânsito.

É provável que não tenhamos meios eficazes de conhecer melhor as pessoas, senão pela convivência, observação e fofocas, o que é dificultado pelo fato de não vivermos nas cidades que planejamos, mas nada impede que possamos vir a tecer considerações a respeito e procurar pistas indiretas sobre a forma como as pessoas vivem e usufruem a cidade.

Noção de Psicologia Ambiental

Estudos de Psicologia Ambiental – a disciplina que estuda a interação entre os seres humanos e os espaços que utiliza – nos dão indicações das necessidades básicas das pessoas que poderiam ser supridas por uma cidade bem planejada. Curiosamente necessidades que não são diferentes daquelas de nossos ancestrais pré-históricos.

Aprendemos com a disciplina que o ambiente é um gerador de expectativas, que afetivamente se traduzem pelas necessidades sentidas pelas pessoas em relação ao seu entorno imediato, e que vão gerar comportamentos correlatos e, em contrapartida, produzir alterações nos arranjos ambientais dos espaços onde vivem, de acordo com os níveis de interação desejados pelo grupo social. Estas necessidades básicas e universais são:

·      Proteção física contra elementos agressivos do ambiente como o clima, vetores de
doenças, poluição, maus cheiros e ruídos, bem como contra riscos de acidentes que coloquem em risco a integridade do corpo. Neste aspecto lembro o risco de andar em nossas calçadas e pavimentos e os riscos sanitários a que estamos sujeitos em nossas cidades;

·      Proteção social contra a invasão da privacidade, indefinição territorial entre espaços
públicos e privados e riscos de agressões por terceiros. Neste aspecto iluminação, visibilidade e supervisão pelo grupo social dos espaços urbanos são essenciais à segurança pública. Adensamento excessivo, aglomerações ou isolamento favorecem atos antissociais.

·      Condições de conforto são qualidades desejadas pelas pessoas e que se espera de
qualquer ambiente físico, cidade ou edifício, independente de sua época ou destinação. Proteção e conforto requerem que o ambiente atenda condições adequadas de bem estar, segurança e salubridade. Conforto urbano é saneamento; cidade limpa; silencio; calçadas e pavimentos transitáveis; claridade; ventilação e serviços eficientes nos locais apropriados. Lembro que a crítica mais frequente ao sistema de transporte coletivo é a de falta de conforto, seja pela distancia dos pontos, trajeto, frequência ou pelo estado e lotação dos veículos.

·      Integração social e identificação com a cidade. Os seres humanos pertencem a uma
espécie gregária: desejam viver e participar de suas comunidades, por isto cria espaços cuja organização e paisagem favoreça a interação social dos indivíduos em seu grupo. Para isso, as relações com o espaço circundante exigem duas condições que foram essenciais aos nossos ancestrais à sua própria sobrevivência: ler o significado dos sinais expressos pelas condições particulares de um ambiente e orientar-se adequadamente no espaço e em relação a outros seres humanos.

É a forma que manifesta o ambiente, a sua aparência percebida que permite a sua leitura, que ocorre em dois níveis de interpretação:

·      A vertente utilitária ou simbólica – flui na medida em que a aparência expressa o
código com que o espaço se revela e permite que as pessoas identifiquem o ambiente e seus usuários, se orientem e definam sua posição num contexto particular. Os grupos sociais tendem a construir padrões de organização espacial para atender e abrigar as atividades das comunidades de cultura, cujas formas se tornam legíveis. Assim, casas parecem casas, igrejas parecem igrejas, escolas parecem escolas, locais seguros parecem locais seguros, etc.

·      A vertente estética – a beleza é um atributo do meio e das coisas, na medida em que
suas formas transcendem seus significados imediatos e traduzem padrões culturais mais amplos e idealizados. A beleza é a qualidade das coisas que melhor estabelece a conjunção entre a realidade sensorial e a visão cosmológica do ser humano.

Estas são necessidades sobre as quais o planejador urbano pode e deve se debruçar. A falta do atendimento destas carências abaixa a alta estima das pessoas e enfraquece a confiança da população no poder público.

Mas praticamente, o que precisamos saber sobre aqueles que são, em  última análise, os beneficiários do planejamento urbano?

Meio ambiente

É no contexto da percepção ambiental que a paisagem urbana assume um valor simbólico ou estético significativo para as pessoas e avalia medidas de preservação do meio ambiente natural, ou o que resta dele, e de bens de valor cultural para a cidade.

Neste aspecto, a vegetação constitui um elemento essencial na composição do universo ao nosso redor e à leitura que fazemos do ambiente, cuja humanidade está expressa mais pela presença da natureza no espaço urbano do que pela obra do homem na natureza.

Por esta razão torna-se necessário prever nas áreas urbanas espaços livres e vegetação, para quebrar o padrão visual das edificações que hoje homogeneízam e empobrecem a paisagem; como contraponto à crescente monotonia e feiura dos edifícios; ao emparedamento da paisagem e aos efeitos negativos do clima urbano, permitindo a democratização da luz, do sol e dos ventos.

Em nossa opinião, uma cidade ecologicamente correta, sustentável, capaz de criar ambientes urbanos potencialmente favoráveis à segurança, salubridade, conforto, bem estar e relacionamento entre seus habitantes é, necessariamente, uma cidade pouco densa e bastante vegetada.

Inclusive porque nesta configuração, terá mais condições de sustentar com eficiência a exploração de fontes de energia alternativas retiradas da força dos ventos e do sol, em um futuro próximo.

Neste quadro também se insere a preservação do patrimônio arquitetônico e cultural de uma cidade, seja como um ato de exorcismo contra mudanças - o ritual mágico contra o crescimento e o futuro incerto das cidades.

Como pode ser uma atitude romântica e afetiva em relação à paisagem conhecida e ao passado – ato de preservação de coisas com valor sentimental de um álbum de retratos. Ou simplesmente o alimento de uma paixão pelos recantos, rituais e manias da cidade ameaçada pelo progresso. Há também os que são contra, arautos do progresso a qualquer preço.

Mas sem dúvidas, as propostas de preservação devem ter uma responsabilidade com a identidade urbana e ética com a percepção dos usuários da cidade, porque ele é, por definição, o beneficiário último do planejamento. Desta forma, a proposta de preservação de bens naturais ou culturais não deve ser uma concessão sentimental do planejador e do gestor urbano, mas uma opção crítica para manter espaços e estruturas físicas úteis à cultura urbana, às funções e à identidade simbólica da cidade, a escala, à beleza e à riqueza da paisagem, bem como instrumento para impedir transformações indesejáveis ao longo do processo de desenvolvimento urbano.

Por suas implicações espaciais e econômicas, a preservação da paisagem natural e construída deve estar ligada ao processo integral do planejamento, pelo princípio que no desenvolvimento de uma cidade não existem fatos isolados.

Como parte do Plano, estas estruturas devem continuar como usufruto para a cultura local, o lazer e a contemplação, estando sujeitas como o qualquer bem urbano a questões de sustentabilidade econômica e cultural.

A elaboração de um plano setorial para o ambiente urbano deveria acompanhar o Plano Diretor, incentivando através de programas e projetos com a participação da comunidade, a melhoria da qualidade visual da paisagem urbana, o desenho de calçadas, arborização pública e em terrenos privados, controle da publicidade visual, o desenho de equipamentos e do mobiliário urbano e a restauração e a pintura de edificações preservadas e de propriedades privadas.

sábado, 10 de março de 2012

ANIVERSÁRIO DO BLOG

Desculpe o atraso mas o sorteio foi realizado e a Lilian Roberta de Moraes, de 22 anos foi a premiada... Gostaria de agradecer a todos que acompanham e ajudam a fazer do blog um local de estudo, de interatividade e de pesquisa. Parabéns a todos que participaram desse sorteio e a todos que participam do blog. Afinal de contas, vocês ajudaram no desenvolvimento do meu blog. Espero que tenhamos anos e anos juntos, compartilhando o mesmo interesse: a construção civil.

Desejo a todos uma boa noite e mais uma vez fico grato por ter conseguido chegar até então...


Blog de Edificações - Engenharia Civil & Arquitetura: " Há um ano trazendo informações da construção civil para o seu lar..."


10/03/2011 - 10/032012

GERENCIAMENTO DE CUSTOS DO PROJETO



Gerenciamento de custos em um projeto implica a estimativa, o orçamento e o controle do custo.

Introdução

O gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamento e controle de custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do orçamento aprovado.

Processos de área de conhecimento relacionados

·      Estimativa de custos – desenvolvimento de uma estimativa dos custos dos recursos
necessários para terminar as atividades do projeto;

·      Orçamento – agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de
trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos;

·      Controle de custos – controle dos fatores que criam as variações de custos e controle
das mudanças no orçamento do projeto.

Esses processos interagem entre si e também com processos nas outras áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver esforço de uma ou mais pessoas ou grupos de pessoas, dependendo das necessidades do projeto. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e também em uma ou mais fases do projeto, se ele estiver dividido em fases. Embora os processos estejam apresentados aqui como elementos distintos com interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir de maneiras não detalhadas aqui.

O gerenciamento de custos do projeto trata principalmente do custo dos recursos necessários para terminar as atividades do cronograma. No entanto, o gerenciamento de custos do projeto também deve considerar o efeito das decisões do projeto sobre o custo de utilização, manutenção e suporte do produto, serviço ou resultado do projeto. Por exemplo, a limitação do número de revisões de projeto pode reduzir o custo do projeto à custa de um aumento nos custos operacionais do cliente. Essa visão mais ampla do gerenciamento de custos do projeto muitas vezes é chamada de estimativa de custos do ciclo de vida. A estimativa de custos do ciclo de vida, juntamente com técnicas de engenharia de valor, pode aprimorar a tomada de decisões e é usado para reduzir o custo e o tempo de execução e para melhorar a qualidade e o desempenho da entrega do projeto.

Em muitas áreas de aplicação, a previsão e a análise do desempenho financeiro esperado do produto do projeto são realizadas fora do projeto. Em outras, como em um projeto de infraestrutura urbana, o gerenciamento de custos do projeto pode incluir esse trabalho. Quando essas previsões e análises são incluídas, o gerenciamento de custos do projeto irá abordar processos adicionais e diversas técnicas de gerenciamento geral, como retorno sobre o investimento, fluxo de caixa descontado e análise de retorno de capital investido.

O gerenciamento de custos do projeto considera as necessidades de informação das partes interessadas no projeto. Diferentes partes interessadas irão medir os custos do projeto de diferentes maneiras e em momentos diferentes. Por exemplo, o custo de um item adquirido pode ser medido quando a decisão de aquisição é tomada ou lançada, o pedido é colocado, o item é enviado e o custo real é incorrido ou registrado para fins de contabilidade do projeto.

Em alguns projetos, especialmente os que apresentam menor escopo, a estimativa de custos e o orçamento estão ligados de forma tão estreita que são consideradas um único processo, que pode ser realizado por uma única pessoa durante um período de tempo relativamente curto. Esses processos são apresentados aqui como processos distintos porque as ferramentas e as técnicas para cada um deles são diferentes. A capacidade de influenciar o custo é maior nos estágios iniciais do projeto e esse é o motivo pelo qual a definição do escopo logo no início é essencial.

Embora não esteja mostrado aqui como um processo distinto, o trabalho envolvido na execução dos três processos do gerenciamento de custos do projeto é precedido de um esforço de planejamento da equipe de gerenciamento de projetos. Esse esforço de planejamento faz parte do processo desenvolver o plano de gerenciamento do projeto, que produz um plano de gerenciamento de custos que determina o formato e estabelece os critérios para planejar, estruturar, estimar, orçar e controlar os custos do projeto. Os processos de gerenciamento de custos e suas ferramentas e técnicas associadas variam de acordo com a área de aplicação, geralmente são selecionados durante a definição do ciclo de vida do projeto e são documentados no plano de gerenciamento de custos.

O plano de gerenciamento de custos 

Este plano pode estabelecer:

·      Nível de precisão – os custos estimados das atividades do cronograma serão
arredondados até uma precisão definida, com base no escopo das atividades e na extensão do projeto, e podem incluir uma quantia para contingências;

·      Unidades de medida – são definidas todas as unidades usadas nas medições, como
equipe-horas, equipe-dias, semanas, preço global, etc., para cada um dos recursos;

·      Ligações entre procedimentos organizacionais – o componente da EAP usado para a
contabilidade de custos do projeto é denominado conta de controle (CC). A cada conta de controle é atribuído um código ou um número de conta que é ligado diretamente ao sistema de contabilidade da organização executora. Se as estimativas de custos dos pacotes de planejamento forem incluídas na conta de controle, o método para os pacotes de planejamento de orçamento será incluído;

·      Limites de controle – os limites de variação dos custos ou outros indicadores (por
exemplo, pessoa-dias, volume de produto) em pontos de tempo designados ao longo do projeto podem ser definidos para indicar a quantidade definida de variação permitida.

·      Regras do valor agregado – três exemplos:

®  São definidas as fórmulas de cálculo do gerenciamento de valor agregado para a
determinação da estimativa para terminar;

®  São estabelecidos os critérios de crédito de valor agregado;

®  Definir o nível da EAP no qual será realizada a análise da técnica do valor agregado.

·      Formatos de relatório – são definidos os formatos dos diversos relatórios de custos;
·      Descrições de processos – são documentadas as descrições de cada um dos três processos de gerenciamento de custos.

Todos os itens descritos acima, além de outras informações, são incluídos no plano de gerenciamento de custos como texto no corpo do plano ou como apêndices. O plano de gerenciamento de custos faz parte ou é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do projeto e pode ser formal ou informal, bem detalhado ou genérico, dependendo das necessidades do projeto.

O esforço de planejamento do gerenciamento de custos ocorre no início do planejamento do projeto e define a estrutura de cada um dos processos de gerenciamento de custos, de forma que o desempenho dos processos seja eficiente e coordenado.
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Assista a esse vídeo superinteressante sobre o gerenciamento de custos em projetos, feito pelo Vagner Vasconcelos, que amostra parte a parte esta etapa.


sábado, 3 de março de 2012

ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES



A estabilidade de uma construção se refere a um conjunto harmônico e equilibrado dos elementos estruturais.


"RECAPITULANDO... No módulo intermediário, proporcionei o desenvolvimento do nosso assunto de uma forma mais organizada e eficaz. Falei sobre o conforto ambiental. Apresentei a importância da história arquitetônica, e como a forma e o espaço se organizam na arquitetura. Mostrei a finalidade de se estudar metodologia da pesquisa, os efeitos do projeto arquitetônico e como é constituída a paisagem arquitetônica. Destaquei a sustentabilidade na arquitetura. Propus o estudo dos equipamentos hidrossanitários e como analisar uma estrutura. E, finalmente, frisei o fracionamento de terras na agricultura e a ergonomia.
Agora, pretendo progredir ainda mais a imagem de Arquitetura no módulo final. Bom, espero que fiquem ligados na reta final e decisiva do último módulo de Arquitetura", Alex Silva.

Projeto

Define-se projeto como a associação harmoniosa de elementos, com a finalidade de atingir dois objetivos, o funcional e o de ordem estrutural.

·      Funcional – o projeto deve prever todas as áreas e espaços necessários de tal modo
que se atinjam os objetivos a que se destina;

·      Ordem Estrutural – prever todos os elementos estruturais de tal modo que tenhamos
um conjunto estático, ou seja, em equilíbrio.

Mecânica das estruturas

A mecânica das estruturas visa estudar os efeitos produzidos pelos esforços sobre uma estrutura e determinar as condições que a estrutura deve satisfazer a fim de resistir a estes esforços.

Estrutura é o conjunto dos elementos resistentes de uma construção. Tais elementos podem ser: estacas, blocos, sapatas, colarinhos, vigas baldrame, vigas de equilíbrio, pilares, vigas, lajes, arcos, cabos, tirantes, abóbadas, casca, etc.

Classificação dos esforços

·      Esforços externos

®  Ativos (cargas);
®  Reativos (reações de apoio).

·      Esforços internos

®  Solicitantes – Esforço normal (N): tração e compressão, esforço cortante (Q),
momento fletor (Mf) e momento torçor (Mt);

®  Resistentes – Tensão normal (s): tração e compressão e tensão de cisalhamento (t).

Classificação das estruturas

Sob o ponto de vista da composição da estrutura e da maneira como os esforços externos às solicitam, as estruturas podem ser classificadas em lineares, superficiais e volumétricas.

·      Estruturas lineares – existe a predominância de uma dimensão sobre as outras duas
dimensões. Podem ser planas e não planas.

®  Planas - são aquelas estruturas em que se situam no mesmo plano do seu
carregamento externo ou esforços solicitantes (internos), em outras palavras, estruturas e esforços externos se encontram no mesmo plano. Ex.: vigas, pilares, arcos, treliças, etc..

®  Não planas – são as estruturas que recebem os esforços externos em planos diferentes
aos planos de desenvolvimento das estruturas. Ex.: vigas balcão, grelhas, etc..

·      Estruturas superficiais, laminares – são aquelas que se desenvolvem segundo uma
superfície, com duas dimensões predominantes; como chapas, cascas, lâminas, etc...

·      Estruturas volumétricas, tridimensionais: são aquelas em que se deve levar em
consideração as suas três dimensões. Ex.: blocos, sapatas, barragens de gravidade, muros de gravidade, etc...

Sob o ponto de vista do cálculo estático, as estruturas podem ser classificadas em
isostáticas, hiperestáticas e hipostáticas.

·      Estruturas isostáticas – são estruturas restringidas a deslocamento de corpo rígido e
que podem ser resolvidas com as condições de equilíbrio da estática (número de equações de equilíbrio é igual ao número de reações vinculares, também chamados de estruturas estaticamente determinadas);

·      Estruturas hiperestáticas – são estruturas restringidas em que o número de reações a
determinar é maior do que o número de equações de equilíbrio da estática (estrutura estaticamente indeterminada);

·      Estrutura hipostática – são aquelas que são restringidas a possíveis deslocamentos de
corpo rígido, não satisfazendo assim às condições de equilíbrio estável (em geral, neste caso, o número de reações vinculares é menor do que o número de equações de equilíbrio da estática).

As estruturas em geral também são classificadas quanto ao tipo de esforços e deformações a que estão submetidas.

Elementos de uma estrutura

·      Barra – elemento estrutural cuja seção transversal é pequena em relação ao seu
comprimento e cujo eixo é uma reta ou uma curva aberta;

·      Viga – é uma barra, ou um conjunto de barras alinhadas, em que as deformações por
flexão são predominantes;

·      Arco – é uma estrutura formada por uma barra cujo eixo é uma curva aberta;

·      Pórtico – é uma estrutura formada geralmente por um conjunto de barras não
alinhadas. Quando as barras situam-se no mesmo plano das cargas (forças e/ou binários), é denominado de pórtico plano. No caso geral é denominado de pórtico espacial;

·      Viga balcão – é uma barra de eixo curvo que se desenvolve num plano normal às
cargas;

·      Grelhas – é um conjunto de barras que se desenvolve num plano normal
(perpendicular), ao seu carregamento;

·      Cestas – conjuntos de barras não situadas no mesmo plano;

·      Placas – são estruturas superficiais planas em que as cargas agem normais
(perpendiculares), ao plano da placa. Exemplo: lajes;

·      Chapas – são estruturas limitadas por dois planos paralelos em que as cargas agem
no plano médio destes planos. Exemplo: viga parede;

·      Lâminas – chapas delgadas;

·      Cascas – são estruturas limitadas geralmente por duas superfícies curvas bastante
próximas entre si. As cascas finas estão em geral submetidas a apenas esforços de membrana (na própria superfície da estrutura), sendo desprezíveis os esforços de flexão;

·      Treliças planas – são estruturas formadas por barras geralmente de eixo reto, ligadas
entre si por rótulas, formando triângulos. Quando as cargas estão aplicadas diretamente nos nós, as barras estarão submetidas apenas a esforço axial;

·      Estruturas tridimensionais (volumétricas) – são estruturas nas quais as 3 dimensões
são consideradas;

·      Fio – são barras flexíveis não resistentes, portanto ao momento fletor. Em geral, usa-
se fio para barra de eixo reto e cabo para barra de eixo curvo.

Materiais empregados nas estruturas

Os materiais aplicados nas estruturas dependem do tipo de esforços, caráter da estrutura e abundância do material. Exemplo: madeira, pedras (naturais ou artificiais), concreto, tijolo, aço e concreto armado.
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Entrevista interessante sobre o comprometimento na estabilidade das construções em Teresina – PI, devido à desintegração do calcário, elemento presente nas terras teresinenses.


quinta-feira, 1 de março de 2012

EXERCÍCIOS INTERMEDIÁRIOS PARA ARQUITETURA

Agora que concluímos a parte intermediária do nosso assunto (Arquitetura), sugiro aos leitores questões que ao decorrer do módulo estudamos. Por favor, leia-as e faça-as com aplicação. Comente sua resposta, logo abaixo. Boa sorte a todos! Dia 31/03 – sábado, darei as respostas!

1-   Sobre conforto acústico dos ambientes, analise:

I. Em uma sala com superfícies duras e reflexivas, praticamente toda a energia será refletida, estabelecendo-se o chamado campo difuso. Tal sala é chamada de reverberante.

II. As fibras dos materiais fibrosos, ao receberem o som, acompanham o movimento das moléculas do ar, absorvendo a parte da energia sonora, que se transforma em calor. Outra parcela atravessa o material e uma pequena parte é refletida.

III. Nos materiais porosos, o som penetra nos poros e é refletido inúmeras vezes, até ser absorvido. Uma pequena parcela atravessa o material, contudo em menor quantidade que nos fibrosos.

É correto o que consta em:

a) II, apenas.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
e) II e III, apenas.

2-   Qual o objetivo da disciplina Organização da Forma Arquitetônica?

3-   A fase do projeto que permite compor os custos parciais de modo a alterar os custos
totais da construção, é:

a)    Anteprojeto - fase de representação das informações técnicas provisórias, dos
elementos componentes e do inter-relacionamento das atividades de projeto.

b)   Projeto Legal - fase de representação dos desenhos e das informações técnicas para
aprovação do projeto pelas autoridades competentes.

c)    Estudo de Viabilidade - fase de avaliações e recomendação das alternativas para a
concepção da edificação.

d)   Projeto Executivo - fase de representação final dos desenhos e informações
técnicas, necessárias à licitação dos serviços e obras correspondentes.

e)    Projeto Básico - fase de representação das informações técnicas necessárias à
licitação dos serviços e obras correspondentes.

4-   As alternativas a seguir apresentam recursos utilizados na prática de
sustentabilidade, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Aquecimento solar.
b) Arquitetura que favoreça a circulação de ar.
c) Coleta seletiva de lixo domiciliar.
d) Reaproveitamento de água da chuva.
e) Uso de materiais de revestimento que absorvem calor.

5-   Qual é a relação entre a ecologia e a arquitetura da paisagem?

6-   A _____________ garante a estabilidade de uma edificação.

7-   O fracionamento de terras em áreas agrícolas é ___________ (excessivo/pouco).

8-   O trabalho de planejamento para espaços empresariais busca reconhecer a filosofia
de trabalho da empresa em estudo e, por meio de metodologia sistemática de projeto, fornecer as condições adequadas para implantação de suas instalações administrativas. Constata-se que as preocupações mais importantes que constituem o projeto de arquitetura de interiores aplicada a escritórios foram:

a) conceitos de flexibilidade, funcionalidade, ergonomia e segurança.
b) caixilhos, luminárias, forros e pisos elevados.
c) mobiliário, assentos, divisórias piso-teto e painéis.
d) cabeamento estruturado, instalações elétricas e de ar-condicionado.
e) equipamentos de informática, de lógica e de telefonia.