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sábado, 30 de abril de 2011

TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES III

LOCAÇÃO DE OBRAS


Técnicos fazendo a locação de obra.

O que é locar uma obra? – É passar o projeto que está desenhado no papel em escalas reduzidas para o terreno em dimensões reais.

– Existem diferentes métodos de locação, que usualmente variam em função do tipo de edifício. Fica claro que deva ser diferente locar um "Shopping Center" horizontal de 300x150m² de área, um edifício de múltiplos pavimentos de 20x25m² de área ou uma habitação térrea de 10x15m2 de área.

Por onde começar?

• Referências principais

– Eixos principais da construção (constantes nos projetos de arquitetura, de fundações e de implantação);
– O alinhamento da rua;
– Um poste no alinhamento do passeio;
– Um ponto deixado pelo topógrafo quando da realização do controle do movimento de terra;
– Uma lateral do terreno.

• Projeto de implantação – No projeto de implantação, o edifício sempre está referenciado a partir de um ponto conhecido e previamente definido. A partir deste ponto, passa-se a posicionar (locar) no solo a projeção do edifício (perímetro e recuos)
desenhada no papel. Este referencial poderá ser o próprio alinhamento do terreno, caso ele esteja corretamente definido, ou mesmo o alinhamento do passeio.

Iniciando a locação

• Marcar os alinhamentos dos eixos no terreno;
• Locar os elementos da fundação (sapatas, alicerces, estacas, tubulões, etc.);
• Locar os elementos da estrutura intermediária (blocos e baldrames);
• Locar elementos da estrutura e alvenaria (pilares e paredes);
• Métodos:

– Uso de equipamentos topográficos;
– Obras de grande vulto, risco de acúmulo de erros;
– Obras que utilizam estruturas pré-fabricadas (concreto, aço ou madeira) – necessidade de alta precisão;
–Uso do método dos cavaletes;
–Uso do método dos gabaritos.

Método dos cavaletes – Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes.
Estes são constituídos de duas estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas. Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece grande segurança devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de mão, tropeços,
etc.

Método dos gabaritos – Este método se executa cravando-se no solo cerca de 50 cm,
pontaletes de pinho de (3" x 3" ou 3" x 4") a uma distância entre si de 1,50 m e a 1,20 m das paredes da futura construção, que posteriormente poderão ser utilizadas para andaimes. Nos pontaletes serão pregadas tábuas em todo o perímetro da construção (geralmente de 15 ou 20 cm), em nível e aproximadamente 1 m do piso.
Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais às interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com letras e algarismos respectivos pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os alinhamentos.
Nos pregos, são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está materializado um eixo da construção.
Este processo é o ideal. Tal método é mais seguro e as marcações nele efetuadas permanecem por muito tempo, possibilitando a conferência durante o andamento
das obras. Não obstante, para auxiliar este processo, podemos utilizar o processo dos cavaletes.

Locação dos eixos – Tendo definido o método para a marcação da obra, devemos transferir as medidas retiradas das plantas para o terreno. Quando a obra requer um grau de precisão, que não podemos realizar com métodos simples devemos utilizar aparelhos
topográficos. Isto fica a cargo da disciplina de Topografia, cabendo a nós, para pequenas obras, saber locá-las com métodos simplificados.
É indispensável saber traçar perpendiculares sobre o terreno, pois é através delas que marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção, determinando assim o
esquadro. Isto serve de referência para locar todas as demais paredes.
Um método simples, para isso, consiste em formar um triângulo através das linhas dispostas perpendicularmente, cujos lados meçam 3, 4 e 5m (triângulo pitagórico), fazendo coincidir o lado do ângulo reto com o alinhamento da base.

Locação das fundações - Definida pelo cruzamento das linhas fixadas por pregos no
gabarito. Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumo de centro. No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca de madeira (piquete), geralmente de peroba, com dimensões 2,5 x 2,5 x 15 cm. Assim, podemos passar todos os
pontos das fundações para o terreno.

Locação de blocos, baldrames e paredes – Devemos locar a obra utilizando-os,
para evitarmos o acúmulo de erros provenientes das variações de espessuras das paredes.

Importância de uma boa locação – Os cuidados com a locação dos elementos de
fundação de maneira precisa e correta são fundamentais para a qualidade final do edifício, pois a execução de todo o restante do edifício estará dependendo deste posicionamento, já que ele é a referência para a execução da estrutura, que passa a
ser referência para as alvenarias e estas, por sua vez, são referências para os revestimentos.
Portanto, o tempo empreendido para a correta locação dos eixos iniciais do edifício favorece uma economia geral de tempo e custo da obra.
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Vídeo bastante interessante. Mostra a marcação do gabarito de obra em Osasco – SP.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

DESENHO TÉCNICO II


CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS E DESENHOS PROJETIVOS



A reta CD é a mediatriz da reta AB, e o ponto I é o ponto médio da reta AB.


Conceitos básicos das construções geométricas

Locais geométricos - define uma condição, uma propriedade, ou uma restrição em um desenho, que inclusive pode ser expressa matematicamente. Um exemplo simples é a circunferência: todos os pontos no traço da circunferência estão à mesma distância do centro. Retas paralelas são outro exemplo de local geométrico: são dois conjuntos de pontos que nunca se cruzam, e que estão à uma distância fixa.

A “borboleta” - com a prática verá que não é necessário traçar circunferências inteiras para encontrar os pontos. Usa-se somente um traço onde provavelmente estará o ponto. O cruzamento destes traços do compasso é chamado informalmente de “borboleta”.

Mediatriz - define um ponto médio entre os dois pontos. Caso os pontos definem uma reta, a mediatriz cortará esta reta em seu ponto médio, dividindo-a ao meio.

Tangente - uma reta tangente a uma curva é perpendicular ao raio da curva no respectivo ponto. Logo, para traçar corretamente uma tangente, é necessário obter o ponto de tangência.

Métodos de projeções ortográficas

Imagine a peça envolvida por um cubo, no qual cada face corresponderá a uma vista, ou seja, o que você estaria enxergando da peça se você estivesse olhando esta face de frente. Este cubo de vistas é então “planificado”, desdobrado. Desta forma é possível visualizar todos os lados da peça em uma folha de papel.
A projeção ortográfica, na prática, pode ser feita de duas formas:

- no primeiro diedro: imagine vendo a peça a partir de um dos lados do cubo. O desenho da vista será feito no lado oposto em que você se “localiza”;
- no terceiro diedro: imagine vendo a peça a partir de um dos lados do cubo. O desenho da vista será feito no mesmo lado em que você se “localiza”.

O conceito de vistas é aplicado para todos os seis lados possíveis do “cubo”. A diferença entre a representação no primeiro diedro e no terceiro diedro é simplesmente a inversão das posições das vistas no papel.

Denominação das vistas – A princípio é escolhida uma face da peça como uma face “principal”, no qual será denominada como “vista frontal”. A denominação de “frontal” pode ser a frente real  da  peça,  ou  caso  não  haja  esta  referência, a vista frontal será a vista que apresentará a peça com mais detalhes. A vista frontal será a parte central do  desenho, com todas as outras vistas em volta dela. Nos lados teremos as vistas “lateral esquerda” e “lateral direita”, sempre de acordo com o diedro escolhido. Da mesma forma, na parte vertical teremos as vistas “superior” e “inferior”. Na extrema direita (ou esquerda) do desenho, teremos finalmente nossa vista posterior (ou traseira), fechando as seis vistas ortogonais principais.

Vértices, lados e faces – Ao desenhar as vistas de uma peça, veremos que cada vista irá mostrar somente duas dimensões do objeto (largura e comprimento, comprimento e altura, etc.). E que entre cada vista haverá uma dimensão em comum. Por isso, é costume desenhar as vistas alinhadas entre si – não é uma obrigação, pois a figura pode não caber no papel – mas as vistas alinhadas torna a leitura do desenho mais fácil.

domingo, 24 de abril de 2011

DESENHO TÉCNICO I


INTRODUÇÃO, CONCEITO E CONVENÇÕES BÁSICAS

Lapiseira recomendada para uso do desenho técnico, sendo sua ponta metálica.



"Boa noite, leitores. Assim como fiz em Tecnologia das Construções e Materiais de Construção, dividi Desenho Técnico em três unidades”, Alex Silva.


Introdução



O desenho é uma forma de linguagem usada pelos artistas. Desenho técnico é usado pelos projetistas para transmitir uma idéia de produto, que deve ser feita da maneira mais clara possível. Mesmo preso por procedimentos e regras, um desenho técnico necessita que o projetista use sua criatividade para mostrar, com facilidade, todos os aspectos da sua idéia, sem deixar dúvidas. Do outro lado, uma pessoa que esteja lendo um desenho deve compreender seus símbolos básicos, que são usados para simplificar a linguagem gráfica, permitindo que haja o maior número de detalhes possível.

Instrumentos


Lápis e lapiseiras – Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura permite pontas finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais escuros, mas as pontas serão rombudas. Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e uma grafite HB ou B para traços fortes. O tipo de grafite dependerá da preferência pessoal de cada um. Os lápis devem estar sempre apontados, de preferência com estilete. Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 ou 0,3 mm.

Esquadros – São usados em pares: um de 45° e outro de 30°/60°. A combinação de ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e perpendiculares. Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o segundo esquadro através do papel. Caso o segundo esquadro chegue na ponta do primeiro, segure o segundo esquadro e ajuste o primeiro para continuar o traçado.

Compasso - Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O compasso tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para canetas de nanquim ou tira-linhas. Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o compasso, caso contrário o instrumento está descalibrado. A ponta de grafite deve ser apontada em “bizel”, feita com o auxílio de uma lixa. Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que pode ser útil para grandes circunferências.

Escalímetro – Conjunto de réguas com várias escalas. Seu uso elimina o uso de cálculos para converter medidas, reduzindo o tempo de execução do projeto. O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma régua comum (1:1).

Linhas

O tipo e espessura de linha indicam sua função no desenho.

Contínua larga – arestas e contornos visíveis de peças, caracteres, indicação de corte ou vista;
Contínua estreita – hachuras, cotas;
Contínua a mão livre estreita (ou contínua e “zig-zag”, estreita) – linha de ruptura;
Tracejada larga – lados invisíveis;
Traço e ponto larga – planos de corte (extremidades e mudança de plano);
Traço e ponto estreita – eixos, planos de corte;
Traço e dois pontos estreita – peças adjacentes.

Nomenclatura usada em desenhos técnicos mecânicos

Aresta – reta comum a dois planos; equivale a uma linha no desenho.
Broca – peça usada para furações.
Brocar – furar com broca.
Calço – peça (geralmente uma cunha) usada para firmar ou nivelar.
Chanfrar – realizar um chanfro em uma peça.
Chanfro ou chanfradura – recorte em ângulo em uma aresta da peça.
Chaveta – peça colocada entre o eixo e a roda, com finalidade de engatá-las.
Concordância – arredondado de uma aresta, podendo ser interno ou externo.
Entalhe – corte feito por serra.
Escarear – abrir um furo em uma forma cônica, geralmente para alojar a cabeça de um parafuso.
Esmerilhar – acabamento de uma superfície.
Estampagem – obra em folha metálica, em geral recortada.
Decapagem – forma de alisar, polir ou limpar uma peça.
Forjar – dar forma a um metal quente a partir de golpes.
Fresar – operação a partir de ferramentas de corte (fresadora).
Limar – acabamento de superfície com lima.
Matriz – peça empregada em conformar ou prensar uma forma desejada.
Orelha – saliência de uma peça.
Polir – alisar uma superfície com feltro ou semelhante.
Ranhura – sulco aberto em um eixo.
Rasgo de chaveta – sulco aberto para receber uma chaveta.
Rebaixo – parte cilíndrica alargada de um furo.
Rebarba – excesso de metal resultante de uma operação.
Rebite – pino usado como ligação permanente.
Recartilhar – tornar uma superfície áspera por meio de um serrilhado.
Ressalto – saliência de forma circular.
Retificar – executar acabamento em uma superfície a partir de material abrasivo.
Roscar – abrir uma rosca em um furo ou eixo.
Tarraxa – ferramenta para abrir roscas externas.
Tornear – operação de usinagem com tornos.
Trepanar – executar uma ranhura em forma circular em torno de um furo.
Vértice – canto de uma peça; ponto comum a duas retas. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

AUTOCAD



Desenho criado no AutoCAD.

Ajuda no desenvolvimento de estudos, projetos e layouts preliminares baseados em levantamentos técnicos e na entrevista inicial com o cliente. Favorece também o gerenciamento e administração das equipes envolvidas na elaboração dos projetos em seus diferentes segmentos. A partir desse gerenciamento, é que podemos prever e corrigir falhas ainda na fase de elaboração dos projetos, garantindo a qualidade e agilidade na execução da obra. Facilita no desenvolvimento dos projetos legais, para apresentação aos órgãos competentes, com base na legislação e normas técnicas vigentes, para aprovação e obtenção das licenças de construção e operação do empreendimento. Auxilia na elaboração do orçamento prévio de custo das obras, através do levantamento de quantitativos e estimativa de custos unitários. Colabora na prestação de serviço de acompanhamento técnico visando manter a integridade e conformidade do projeto durante a execução da obra.

Conceitos básicos 

CAD - A sigla CAD vem do inglês "Computer Aidded Design" que significa Desenho Assistido por Computador. Na verdade são programas (softwares) para computador específico para geração de desenhos e projetos. 

CAE – “Computer Aidded Enginner”. É uma etapa que realiza em “protótipos”, exercer em desenhos virtuais as cargas e esforços cuja tal peça vai sofrer em seu o trabalho ou sua utilização. 

CAM - A sigla CAM também vem do inglês "Computer Aidded Manufacturing" que significa Fabricação Assistida por Computador. Esse um passo posterior ao CAD, (na Mecânica) se caracteriza pela geração de códigos específicos interpretáveis por máquinas operatrizes utilizadas na fabricação de peças. 

GIS – “Geografic Information Sistem” Sistema de geo-processamento. Sistema para processar e gerar imagens cartográficas, mapeamento e elaboração de bases cartográficas e bancos de dados. 

Autodesk - É o nome da empresa que desenvolve e comercializa o AutoCAD. 

Tela de abertura - Nesta tela nos é solicitado intervir de modo a escolher o sistema de medidas a ser trabalhado no AutoCAD. No Brasil, é bastante comum o uso do sistema métrico.

Tela gráfica - Após escolhermos o sistema de medidas, o AutoCAD conclui o processo de inicialização e fica disponível para as entradas de comandos via teclado ou desenhos por meio do teclado. Antes de prosseguirmos aos comandos iniciais, é interessante observarmos que após a digitação de um comando, é imprescindível que a tecla seja pressionada, para efetivação. 
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Vídeo muito divertido para refletir e pensar sobre o assunto. O vídeo mostra um professor, já experiente, fazendo a criação, no AutoCAD, de paredes, teto, chão e janelas. Assista!


segunda-feira, 18 de abril de 2011

SEGURANÇA NO TRABALHO



A segurança consiste na responsabilidade de saber e agir da maneira correta.

"RECAPITULANDO... No módulo intermediário, apresentei o desenvolvimento do nosso tema de uma forma mais elaborada e dinâmica. Falei sobre a reflexão da ética e ação da cidadania. Apresentei a importância das normas técnicas, o uso da informática de uma maneira ampla. Mostrei a finalidade da topografia, a influência da tecnologia e a preservação do espaço ambiental, as estruturas que compõem a alvenaria. Estabeleci os diversos tipos de fundações. Propus o estudo e serviços preliminares e as instalações provisórias na tecnologia das construções. E, por último, destaquei as características gerais dos materiais de construção.
Agora, pretendo florescer ainda mais a ideia de Edificações, no módulo final, que vai da Segurança no Trabalho à Construção de Edifícios. Bom, espero que acompanhem a trajetória final do mundo das Edificações", Alex Silva.

  Conceito
Segurança no trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

A segurança no trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação de segurança no trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

A segurança no trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho.

Acidente de trabalho

É aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Equiparam-se aos acidentes de trabalho:

o acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho;
o acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa;
o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa;
doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho);
doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho).
O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:

I. Ato inseguroé o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades.

II. Condição insegura é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados.


 Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e 
 as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segurança do Trabalho.
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Vídeo editado, superinteressante. Mostra depoimentos de técnicos de segurança do trabalho. Como é importante se precaver.


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Quem vive com segurança não tem pressa,
não se atrasa,
não adoece,
não se engana,
não se acidenta,
é compreensivo,
é cauteloso,
é respeitado por todos,
menos pelo chefe que vive apressado.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

EXERCÍCIOS INTERMEDIÁRIOS PARA EDIFICAÇÕES

Agora que finalizamos a parte intermediária do nosso tema (Edificações), proponho aos leitores questões que ao longo do módulo aprendemos. Por favor, leia-as e faça-as com atenção. Comente sua resposta, logo abaixo. Boa sorte a todos! Dia 07/05 - sábado, darei as respostas!

1- Qual o caminho mais curto para que a Ética passe da teoria para a prática?

2- Envolto a tantas crises, o trabalhador – cidadão parece tentar adaptar-se e sobreviver
em um mundo onde a precariedade das relações (incluindo aí as do trabalho) aponta para um futuro sem brilho. Comente.

3- Normalização é a maneira de organizar as atividades pela criação e utilização de
regras ou normas, visando contribuir para o desenvolvimento econômico e social. Com base no seu conceito teórico, conceitue – tecnicamente – normalização.

4- Indique a(s) alternativas(s) correta(s) ou incorreta(s):

a) O “drive” (local onde se armazena o CD/DVD) é um periférico de entrada.
b) A impressora é um periférico de entrada.
c) O “scanner” é um periférico só de saída.
d) O “mouse” é um periférico só de entrada.
e) O teclado é um periférico de entrada e saída.

5- Pretende-se medir uma distância AB, com uma fita de aço, mas entre os pontos “A” e
“B” passa uma ribeira, o que torna difícil a marcação de um alinhamento. Com a ajuda de um esquadro e aplicando os princípios da geometria plana, resolve-se o problema da seguinte maneira:



Calcule a distância AB, sabendo que as distâncias BC e CD foram medidas, tendo-se
obtido os seguintes valores:

BC= 14.828 m
CD= 25.173 m

6- “A "Casa Ecológica" foi idealizada objetivando demonstrar procedimentos
adequados do ponto de vista ecológico na construção civil e abrigar atividades relacionadas à educação ambiental.” Ao seu ponto de vista, comente sobre essa nova tecnologia.

7- Escreva o que um técnico em edificações pode fazer para reduzir o desmatamento
ambiental.

8- Uma das características abaixo não tem relação com a alvenaria. Qual?

a) Resistência mecânica
b) Isolamento térmico e acústico
c) Resistência ao fogo
d) Resistência à água
e) Durabilidade

9- Sapata associada é uma fundação:

a) rasa, comum a vários pilares, cujos centros em planta não estejam
situados num mesmo alinhamento.
b) rasa, comum a vários pilares, cujos centros não estejam situados num mesmo plano.
c) profunda, sinônimo de radier.
d) rasa, comum a vários pilares, cujos centros em planta estejam situados num mesmo
alinhamento.
e) profunda, comum a vários pilares, cujos centros em planta estejam situados num
mesmo plano.

10- Do ponto de vista técnico, em edificações, qual seria o termo correto para
designar o solo:

a) camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana.
b) material no qual se encontram registros de civilizações e organismos fósseis.
c) material escavável, que perde sua resistência quando em contato com a água.
d) produto do intemperismo físico e químico das rochas.
e) camada viva que recobre a superfície da terra, por meio da alteração das rochas e de
processos pedogenéticos.

11- Qual item abaixo não corresponde a um requisito de sondagem?

a) Tipos de solo
b) Condições de compacidade ou consistência
c) Espessura das camadas
d) Coloração do subsolo
e) Ocorrência de água

12- Marque V para verdadeiro e F para falso:

(   ) Toda obra deverá ser fechada com tapumes.
(   ) Deverá haver várias entradas e saídas de caminhões.
(   ) Recomenda descarregar material misturando-o com material já existente na obra.
(   ) Ninguém deverá entrar ou sair no início ou fim de expediente pela saída de
caminhões.
(   ) Os extintores têm de ser mantidos carregados e em condições de ser utilizados.

13- Associe:

(1) Deformação
(2) Material frágil
(3) Material dúctil
(4) Abrasão
(5) Fadiga

(  )  Variação entre dois pontos.
(  )  Fase plástica extensa.
(  )  Menor resistência de um corpo.
(  )  Desgaste em função do atrito.
(  )  Fase plástica reduzida.

terça-feira, 12 de abril de 2011

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS


A figura mostra o certo posicionamento de cada um dos itens: pilar e viga. Note que seguindo abaixo ao pilar, encontramos a sapata.

“Bom dia, leitores. Esta é a última postagem do módulo introdutório, sexta-feira irei propor uma série de exercícios a serem feitos até 29/04. Assim como fiz em Tecnologia das Construções, dividi Materiais de Construção em seis unidades. Uma unidade será esta, a qual fecha a etapa. As outras cinco, estarei apresentando no módulo final”, Alex Silva.

Terminologia:

Pilar – Elemento vertical, esbelto e resistente.

Viga – Elemento horizontal, esbelto que apoia em cima dos pilares.

Laje – Elemento horizontal de grande dimensão e fina espessura.

Sapata – Alargamento da base do pilar, trata-se de um elemento de fundação que serve para distribuir as cargas da base do pilar horizontalmente.

Estacas – Usam-se quando o terreno tem má qualidade, tratando-se de um elemento que serve para distribuir as cargas verticalmente.

Ensoleiramento geral – Usa-se quando também quando  o  terreno   não  é  de  boa  qualidade, servindo   para   distribuir   as   cargas  sobre toda a base do edifício.

Betão – Ligante constituído por cimento e vários inertes (areia – inerte fino -, brita – inerte grosso). Há vários tipos de betão:

simples – não tem armadura
armado – com armaduras de aço
pré-esforçado – também com armaduras de aço, as quais estão constantemente a exercer esforço sobre a peça.
           
Vão – Distância entre apoios.

Cofragem – Molde para fazer vigas (muito caras)

Fase dos toscos – Trata-se da fase em que se faz a estrutura e se abrem os rossos para as canalizações. É nesta fase que se vê a construção crescer (normalmente 1 piso por cada semana ou 15 dias), consumindo-se 10 a 15% do custo da obra.

Fase dos limpos – É nesta fase que se fazem os acabamentos, sendo pois mais extensa e mais cara do que a fase dos toscos.

Inertes – Elementos que não reagem (agregados), servem para fazer betão e argamassas.

Argamassa – Serve para fazer rebocos, sendo constituídas por 2 ou mais ligantes (cimento e cais) e inerte fino.

Características mecânicas:

Deformação – é uma transformação que se traduz numa variação da distância entre pontos. Quando ocorre na fase plástica corresponde a um pequeno acréscimo da força que se traduz numa grande deformação remanescente.

Material frágil – tem uma fase plástica muito reduzida, quebrando sem pré aviso (ex: aço de alta resistência, vidro). Tem a vantagem de aguentar mais carga do que um material dúctil.

Material dúctil – tem uma fase plástica muito extensa, ou seja, deforma muito e só depois é que quebra.

Abrasão – desgaste verificado nos materiais por acção do atrito existente entre os materiais (ex.: sapatos vs pavimento)

Fadiga – diminuição da resistência de um corpo por acção de uma solicitação periódica (ex.: após vincar um arame, se o dobrarmos alternada e repetidamente  ele acaba por partir)

Fluência – acréscimo da deformação sob tensão constante.

Relaxação – diminuição, no tempo, da tensão sob deformação constante

Estabilidade mecânica – (deformações) quando estamos a trabalhar com 2 ou + materiais diferentes, eles têm que ter fluências semelhantes, pois se isto não acontecer a peça entra em rotura

Variações térmicas – (dilatam com o calor e contraem com o frio) há que ter este efeito em conta aquando da construção de estruturas metálicas – juntas de dilatação. Este efeito é também importante uma vez que há uma constante necessidade de usar materiais diferentes em conjunto, os quais não podem perder a aderência, assim terão que ter coeficientes de dilatação térmica semelhantes.

Retração – diminuição do volume – quando fazemos betão (inertes + cimento + água), ao secar aparecem poros vazios onde a água estava e posteriormente evaporou. Verifica-se assim uma diminuição de volume. Ao mesmo tempo ocorre também fissuração, pois, por exemplo, as lajes não diminuem o seu volume livremente uma vez que estão ligadas às vigas.

Elasticidade – propriedade que se traduz pela recuperação da forma inicial após cessar-se uma determinada solicitação. se a recuperação da forma primitiva não ocorre imediatamente após se cessar a solicitação diz-se que o corpo possui elasticidade retardada. Se a elasticidade se verifica segundo o eixo da peça, diz-se longitudinal, diz-se transversal quando se verifica segundo o plano de uma secção transversal.

Plasticidade – propriedade de não recuperar a forma quando de deixa de efectuar uma solicitação.

Viscosidade – propriedade de um corpo sofrer deformações permanentes sob a acção de uma solicitação sendo as tensões funções lineares das velocidades de deformação.

Resistência à compressão – característica relevante nas pedras e betões. É a resistência que o material oferece à tensão normal dirigida para o interior do corpo. Determina-se através de um ensaio numa prensa que comprime um provete de material (cubo, prisma ou cilindro de dimensão normalizadas) até à rotura.

Resistência à tracção – característica relevante nos aços e outros metais. É a resistência que o material oferece à tensão normal dirigida para o exterior do corpo. Determina-se em ensaios sobre provetes de forma determinada ou fios, principalmente no caso de fios ou de aço de alta resistência.

Resistência à flexão – depende do material e da geometria da secção de material a analisar. Aparece, na maior parte das vezes, ligada à resistência à tracção, dependendo por vezes da resistência à compressão.

Resistência ao punçoamento – caracteriza-se pala resistência do material a compressões pontuais. Traduz a dureza do material. A dureza é função da relação resistência à tracção/ resistência à compressão. Quanto mais baixa é esta relação mais elevada é relação resistência ao punçoamento/ resistência à compressão. A graduação da dureza é feita pela escala de Mohs (- talco, salgema, calcite, flourite, apatite, feldspato, quartzo, topázio, corindo, diamante +).

Resistência à abrasão – caracteriza-se pelo desgaste do material sob acção do escorregamento duma superfície de rugosidade conhecida e sob pressão constante.

Resistência à fadiga – a tensão de rotura diminui quando o material é sujeito a esforços repetidos e alternados ( relevante para os aços)

Características químicas:

Solubilidade (água e outros solventes) – é uma causa frequente de casos de patologia da construção. Assim os materiais de construção não devem ser solúveis a solventes com os quais entram em contacto no dia a dia, como:

·      o gesso só é utilizado em construções interiores;
·      o pavimento de uma gasolineira tem que ser resistente à gasolina, gasóleo,...;
·      o esferovite é solúvel em determinados tipos de cola.

Afinidade química – é muitas vezes causa de acidentes nas construções.
Exemplos de misturas que reagem mal:

zinco + cobre
zinco + ferro
cobre + ferro ou alumínio
chumbo + cal
cimento + alguns tipos de madeiras

Se for necessário misturar algum destes conjuntos de materiais na mesmo construção, há que isolá-los, por exemplo, uma parede com reboço de cal que tenha  canalizações de chumbo, teremos que revestir as canalizações com cimento.
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Vídeo interessante! Mostra como é feita uma concretagem de sapata.