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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA



Teoria da arquitetura é o ato de pensar, discutir, ou ainda mais importante, escrever sobre arquitetura. 

Introdução

Esta disciplina apresenta geralmente uma estrutura centrada em uma abordagem cronológica da história. Nessa perspectiva, trabalha-se os conteúdos com ênfase em um olhar contemporâneo, encaminhando simultaneamente os estudos da arquitetura internacional e nacional, artes, paisagismo, urbanismo e urbanização. Ou seja, com uma forte ênfase na compreensão da determinante cultural do partido arquitetônico e na discussão do enfrentamento das difíceis questões decorrentes da atual dinâmica das metrópoles.

Objetivos gerais

Defina-se como objetivos gerais discutir o papel das vanguardas em sua construção de uma identidade nacional contemporânea, reconhecendo a diversidade de tendências que coexistem no período entre-guerras e que em grande parte se fazem notar hoje no patrimônio construído de nossas cidades, discutindo os critérios e métodos projetuais e construtivos. Em decorrência dessa reflexão, à luz da herança da modernidade e do pluralismo atual, trata-se das questões do projeto e construção do ambiente contemporâneo, estimulando a discussão da possibilidade de identidade cultural para a nossa arquitetura, a investigação atual sobre o partido arquitetônico e as técnicas construtivas, e os principais desafios, questões e perspectivas para a profissão, considerando as diversas tendências existentes na construção da cidade e do ambiente contemporâneo.

A abordagem didático-pedagógica desse campo acima definido procura atingir os objetivos que seguem:

·      Transmitir informações básicas aos alunos, de modo que venham a situar-se diante
das principais tendências e eventos em cada período;

·      Enfocar os vários campos do projeto de arquitetura (projeto do edifício, projetos
urbanos e de paisagismo), sempre estabelecendo relações com as artes (sobretudo artes plásticas), com as grandes questões da cultura em cada período e com a construção do ambiente no qual se inserem;

·      Orientar os alunos a atividades de pesquisa no âmbito da disciplina, sobre projetos e
obras de arquitetura.

Este último item é o desafio didático principal que coloca-se nas disciplinas, propondo a produção de conhecimento como atividade estruturadora do ensino de Teoria e História. A atividade de pesquisa na Universidade não pode ser definida no âmbito das disciplinas, porém, conforme cada caso, é possível que disciplinas tragam contribuições a trabalhos sistemáticos de pesquisa. Assim, a função da disciplina deixa de ser a transmissão de conhecimento e passa a ser, também, a produção de conhecimento. Como atingir este patamar com o aluno de graduação, em uma atividade restrita à estruturação do ensino em torno da hora-aula? Contribuir na organização e sistematização de banco de dados sobre história e teoria da arquitetura com ênfase na produção da região em que a escola se insere, bem como sua divulgação em diversos meios, sobretudo através da Internet, pode ter o papel de mostrar ao aluno aplicações extraclasse para seu trabalho e o contato com realidades e tecnologias que estão transformando o cotidiano.

Apesar de a disciplina ocupar um campo estabelecido e de certo modo convencional, procura-se vê-la também como um laboratório permanente de ensino, aprendizagem e síntese. Daí a importância da pesquisa, sobretudo em uma disciplina de caráter teórico no curso de arquitetura. O seu caráter teórico não decorre de abordagens expositivas, quer por parte do professor, quer por parte do aluno, decorre do caráter de investigação a que se estimula o aluno no que se refere ao ambiente e cultura para os quais o arquiteto deve responder, a partir, sobretudo, do projeto.

É necessário também que o aluno adquira habilidade, confiança e autonomia nos procedimentos de pesquisa. Parece-nos indispensável que seja desafiado a compreender a diferença entre os estudos do segundo grau e os estudos universitários, centrados não tanto na fixação quanto na investigação, na reflexão e na crítica no âmbito de um campo de formação e atuação. É necessário que se reduza a distância entre o ensino e a prática da produção do projeto e uma das contribuições que a disciplina teórica pode dar é para a capacidade de o aluno apreciar e avaliar, por si, e de modo pertinente, obras de arquitetura.

Deve-se enfatizar nessa leitura da arquitetura (sempre edifício, paisagismo, urbanismo) não apenas a imagem, tão explorada nas nossas indispensáveis coleções de slides e transparências, mas a materialidade da obra. Costumamos expressar essa abrangência por três aspectos interdependentes: habitabilidade, construtibilidade, linguagem. Para se dar conta dessa complexidade e da organização de seus procedimentos e alvos, é fornecido aos alunos um roteiro de trabalho.

Os resultados permitirão com o tempo uma série de desdobramentos, lançando luz sobre a arquitetura menos conhecida, mas de grande qualidade nos casos estudados. A aplicação que tem-se é um processo sistemático de investigação, onde o aluno, dominando os procedimentos propostos passa a participar já em sua formação da necessária aventura da produção de conhecimento sobre nossa arquitetura.
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Assista essa história rápida sobre a arquitetura, feita pela Lindiagane Silveira para o Espaço Cultural.


Um comentário:

  1. Karaca muito boa as informações, falando em arquitetura eu prefiro a antiga dos casarões e obras barrocas do que esses predios quadrados que temos hj.

    http://voyageonrocks.blogspot.com/

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