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domingo, 7 de agosto de 2011

PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES I

INTRODUÇÃO


"O caminho da patologia das construções é longo e começa por uma homogeneização de conceitos e métodos"

“Boa tarde, leitores. Quero avisá-los que a disciplina Patologia das Construções será divida em seis unidades. Duas delas, estarei apresentando no atual módulo, as outras quatro, no último e mais complexo módulo, o módulo final”, Alex Silva.

Explicação

As obras de construção civil continuam sendo apropriadas para as utilizações e exigências para que foram projetadas. O suporte das cargas imposta no projeto devem ser sempre avaliadas, pois a construção pode ao longo do tempo apresentar sérios problemas de manutenção.

Inspecionar, avaliar e diagnosticar as patologias da construção são tarefas que devem ser realizadas sistematicamente e periodicamente, de modo a que os resultados e as ações de manutenções devem cumprir efetivamente a reabilitação da construção, sempre que for necessária.

Dentre dos diferentes parâmetros que contribuem para a degradação das construções são decorrentes de inúmeros fatores, como variações de temperatura, reações químicas, vibrações, erosão, e, um dos mais sérios, o fenômeno da corrosão das armaduras do concreto armado, que ocupa um importantíssimo fenômeno patológico, contribuindo de sobremaneira para a degradação da construção.

Os sintomas da corrosão e as causas da corrosão não são habitualmente conhecidos e seu conhecimento se torna necessário para a adoção de métodos e procedimentos de correção bem definidos, de modo a que as intervenções sejam eficazes.

Devido às complexas naturezas dos efeitos ambientais sobre as estruturas e sua consequente reposta, a verdadeira melhora de desempenho da edificação não pode ser alcançada somente pela melhoria das características dos materiais utilizados, mas também na técnica de execução, da melhora dos projetos arquitetônicos e estruturais, dos procedimentos de fiscalização e manutenção, incluindo a manutenção preventiva.

Alguns conceitos de patologia são fundamentais para os engenheiros e muito se assemelham a padrões médicos, inclusive na adoção de certos nomes e conceitos, conforme citados muitas vezes por patologistas de renome nacional e internacional.

Conceitos

·      Patologia - é a ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças.
No caso do concreto, a patologia significa o estudo das anomalias relacionadas à
deterioração do concreto na estrutura;

·      Terapia – é a ciência que estuda a escolha e administração dos meios de curar as
doenças e da natureza dos remédios;

·      Profilaxia – é a ciência que estuda as medidas necessárias à prevenção das
enfermidades;

·      Sintoma – é a manifestação patológica detectável por uma série de métodos e
análises;

·      Falha – é um descuido ou erro, uma atividade imprevista ou acidental que se traduz
em um defeito ou dano;

·      Origem – é a etapa do processo construtivo (planejamento/concepção, projeto,
fabricação de materiais, etc.) em que ocorreu o problema;

·      Diagnóstico – é o entendimento do problema (sintoma, mecanismo, causa e origem);

·      Correção – é a metodologia para a eliminação dos defeitos causados pelos problemas
patológicos;

·      Recuperação – é a correção dos problemas patológicos;

·      Reforço – aumento da capacidade de resistência de um elemento, estrutura ou
fundação em relação ao projeto original, devido à alteração de utilização, degradação ou falha que reduziram ou não atendem a sua capacidade resistente inicial;

·      Reconstrução – é o refazimento de um elemento, estrutura ou fundação em razão de,
mesmo que este recebesse uma ação corretiva, não atenderia mais a um desempenho mínimo aceitável ou, de um custo dado que a intervenção corretiva seja maior que o custo de sua reconstrução.

Classificação dos reparos

Está associado à escolha dos materiais e definição dos métodos de reparo, isto é, da terapia, que pode ser classificado em:

·      Reparos rasos, localizados ou generalizados, de 5 mm a 30 mm de profundidade;
·      Reparos semiprofundos, de 31 mm a 60 mm de profundidade;
·      Reparos profundos, de 61 mm a 300 mm de profundidade.

Todos os profissionais relacionados com a execução e utilização das edificações devem ter um conhecimento mínimo dos processos mais importantes de degradação, assim como dos elementos causadores. No caso específico, o que se busca é a obtenção da durabilidade da edificação, sendo necessário à tomada de decisões corretas e no momento adequado.

A presença de umidade é o principal fator dos diferentes tipos de degradação, exceção ao dano mecânico. O transporte da água através do concreto vem do tipo, tamanho e distribuição dos poros e das fissuras (micro e macrofissuras). Assim, o controle da penetração de água na construção deve sempre ser avaliado.

O tipo, e velocidade dos processos de degradação do concreto (físicos, químicos e biológicos) e das armaduras ativas e passivas (corrosão) determinam a resistência e rigidez dos materiais. Também, as condições superficiais da estrutura influem nestes e em outros fatores de segurança, durabilidade, funcionalidade e no aspecto da estrutura.

O que se busca realmente é em assegurar um comportamento satisfatório durante um período de vida útil suficientemente longo.

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