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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

EQUIPAMENTOS HIDROSSANITÁRIOS



Nós, como bons profissionais, devemos ter conhecimento dos equipamentos e do sistema hidrossanitário fazendo bom uso dos mesmos e contribuindo para a qualidade do ambiente.

Tubos hidráulicos

Graças à tecnologia, existe no mercado uma vasta opção de tubos para o transporte de água fria, de água quente e de esgoto. Para a escolha, deve-se optar pelo material que alie características como longa vida útil (durabilidade), redução de procedimentos de manutenção e resistência à pressão de serviço. Para água quente, deve ser escolhido um material que suporte temperaturas elevadas.

Existem vários tipos de tubos no mercado. Os tubos de PVC (policloreto de vinila) são encontrados em duas linhas distintas: linha hidráulica – para conduzir água fria; e a linha sanitária – para sistemas de esgoto, ventilação e captação de água pluvial. São os mais empregados nos sistemas hidrossanitários devido à facilidade de instalação, leveza, boa resistência à pressão, durabilidade quase ilimitada, menor perda de carga (bom desempenho) e baixo custo.

Os tubos de PVC da linha hidráulica podem ser do tipo junta roscada, que permite a montagem e a desmontagem das ligações sem danificar os tubos ou conexões; ou do tipo junta soldada, que não permite o reaproveitamento das conexões já utilizadas, porém apresenta maior facilidade de execução, proporcionando maior rapidez nos serviços de instalação; além disso, dispensa qualquer ferramenta especial, como tarraxa e transforma a junta em ponto de maior resistência. Os tubos de PVC da linha sanitária permitem outras alternativas no sistema de acoplamento (encaixe), como: junta elástica com anel de borracha ou junta soldada.

Os tubos de CPVC (policloreto de vinila clorado) possuem as mesmas propriedades dos tubos de PVC, mas são próprios para condução de água quente. O CPVC é um plástico que permite a passagem de água quente a uma temperatura máxima de 80º C. A instalação da tubulação dispensa isolamento térmico na maioria dos casos, mas se for deixada aparente é recomendável a proteção. A junção dos tubos é feita com soldagem química a frio, e as conexões de transição possuem roscas macho-e-fêmea com vedação da passagem de água.

Os tubos de cobre são utilizados para a condução de água fria ou quente e de gás. Uma importante característica do cobre é sua resistência a elevadas temperaturas, sem sofrer rompimento ou deformações. Existem também os tubos de cobre flexíveis que agilizam a montagem e dispensam as conexões para execução das instalações hidráulicas. Para evitar perdas excessivas de calor, no caso do uso para água quente, as tubulações podem ser revestidas com polietileno expandido. O cobre é bactericida, fungicida e algicida, ou seja, inibe o crescimento de bactérias, fungos e algas no interior das tubulações.

Os tubos de ferro fundido são indicados para instalações prediais de esgoto sanitário e águas pluviais. Apresentam alta resistência mecânica e segurança contra incêndio. Os tubos podem ser revestidos internamente com epóxi bi-componente que permite a resistência à corrosão e a temperaturas elevadas, e externamente são revestidos de pintura anticorrosiva. A montagem é mecânica e dispensa a utilização de cola e lubrificante.

As tubulações em aço galvanizado geralmente são utilizadas para condução de gás e água de combate a incêndio, no abastecimento de hidrantes e sprinklers (sistema de “chuveiros” automáticos de combate a incêndio). O material possui boa resistência mecânica e à pressão, mas não deve ser utilizado embutido (interno) em alvenarias.
Existem ainda os tubos hidráulicos flexíveis, em polietileno reticulado, conhecido como PEX. Os tubos PEX são utilizados para condução de água fria e quente, são mais práticos e utilizam menor número de conexões e emendas, entretanto, são mais caros do que os tubos de PVC.

Louças e metais

A linha hidrossanitária é muito ampla, engloba desde as louças e metais para banheiro até os registros e válvulas de descarga. Temos no mercado uma linha completa de produtos hidrossanitários, com diferentes cores e design. Os fabricantes estão sempre investindo em tecnologia e desenvolvendo produtos e dispositivos que atendam às necessidades do mercado. Atualmente, uma grande parte dos lançamentos é de produtos economizadores de água, todos voltados especificamente para o uso racional. Nos prédios escolares, a questão da economia e desperdício passa também pela qualidade do material, mas deve ser objeto de uma educação sistemática e constante.

·      Vaso sanitário

O sistema de descarga é composto pela bacia sanitária (vaso sanitário) e pelo aparelho hidráulico de descarga, que é utilizado para liberação da água para a limpeza dos dejetos na bacia. Pode ser uma válvula de descarga, caixa acoplada ou caixa suspensa.

A bacia com válvula de descarga apresenta como principal característica a obtenção da vazão instantânea necessária para a limpeza da bacia sanitária, sendo que o tempo de uso é determinado pelo período que o usuário aciona a válvula. Além de sua  instalação ocupar menos espaço interno, uma vez que a bacia chega a ser de 10 a 15 cm menor do que uma bacia com caixa acoplada, ela é mais indicada para uso público devido a sua inviolabilidade e maior vida útil dos seus componentes.

A bacia com caixa acoplada ou com caixa suspensa apresenta como principal característica a simplicidade de instalação e a utilização de tubos de diâmetros menores, sendo que o tempo de uso é dado pelo preenchimento da caixa acoplada, dependendo diretamente da pressão de instalação, pois quanto menor a pressão, maior será o tempo de enchimento da caixa. Pode ser encontrada também a caixa acoplada com dois tipos de acionamento: um para líquidos e outro, com maior volume de água, para sólidos.

A escolha entre os três sistemas depende da preferência do usuário, uma vez que os sistemas se equivalem no que se refere a custo, conforto, qualidade e consumo de água.
As bacias sanitárias e as válvulas de descarga são por excelência os focos de projetos de racionalização de consumo. O dispositivo de descarga deve liberar a quantidade de água necessária para que a bacia sanitária faça o arraste dos dejetos pela tubulação.

As bacias convencionais faziam o arraste com, no mínimo, 9 litros de água, podendo chegar a mais de 12 litros por descarga.

Desde janeiro de 2003, um convênio firmado entre as empresas fabricantes do setor e o  Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) determinou que as bacias sanitárias nacionais devem ser projetadas para consumir no máximo 6 litros, independente do sistema de descarga adotado e que devem manter uma eficiente capacidade de sifonagem da peça.

O segmento hidráulico tem apresentado maior diversificação em termos de materiais e componentes para suprir a sofisticação dos sistemas. Muita novidade já esta disponível no mercado. O setor que mais tem simbolizado esse processo é o de automação, praticamente inexistente até os anos 80.

Temos no mercado nacional torneiras de fechamento automático (com funcionamento similar ao de uma válvula de descarga) que permitem uma redução de até 55% no consumo de água em relação às convencionais; torneiras eletrônicas de abertura e fechamento automático por sensor (que libera a água ao detectar a aproximação das mãos), que permitem uma redução no consumo de água de até 70% em relação à torneira convencional; termostatos (permite manter a temperatura da água constante, independentemente de alterações na vazão); e dispositivos arejadores (limita a vazão de água) para torneiras.

Há também as torneiras antivandalismo, que interrompem o jato de água em até 60 segundos após o acionamento, modelos com acionamento por pedal e mictórios com sensores. O principal meio de atuação desses produtos economizadores de água presentes no mercado é contornar os hábitos antigos e errados do consumidor. Em geral, esses produtos obrigam o usuário a usar apenas a quantidade mínima de água. Assim, torneiras e descargas só despejam água enquanto precisar para exercer sua função.

Em outros componentes, como chuveiros e ralos, a saída é controlar a vazão. Os chuveiros dos banheiros também podem ter a vazão controlada. Existem restritores de vazão específicos para duchas que reduzem o consumo de 20 a 25 litros por minuto para 14 litros por minuto e espalham mais o jato.

Geralmente o retorno financeiro com a substituição de componentes das instalações hidráulicas prediais é rápido, e a tendência é que esses dispositivos se tornem cada vez mais acessíveis.

Aquecedor de água (chuveiro)

Podemos encontrar no mercado diversos tipos de aquecedores: os elétricos, a gás e os de energia solar. A opção pelo modelo mais apropriado depende de diversos fatores, a começar pela localização e o clima onde está inserida a edificação. Em geral, em regiões onde a temperatura é mais alta o uso de aquecedores é um pouco menor.

Os modelos elétricos são os mais populares e atingem grande parte das edificações no país. O chuveiro elétrico é eficiente e prático, sendo um dos eletrodomésticos com maior presença na sociedade brasileira.

Os aquecedores a gás podem ser de dois tipos: de passagem, onde a água é aquecida gradualmente à medida que passa por uma serpentina ao redor de uma câmara de combustão; ou de acumulação. O sistema de passagem não possui reservatório para a água quente, ela vai direto para o ponto de consumo, enquanto o de acumulação armazena a água aquecida em boilers (reservatórios) instalados no forro da edificação.

O aquecedor solar capta a radiação do sol durante o dia por meio de placas, aquece a água e a deixa retida em um reservatório (com isolação térmica) para o uso posterior. Para garantir o fornecimento de água quente quando se tem esse sistema é indicado o uso de algum outro método auxiliar como o aquecimento elétrico ou a gás, cuja função é complementar a temperatura necessária nos dias em que a radiação solar seja insuficiente para um aquecimento pleno – o que ocorre, por exemplo, em dias muito chuvosos ou intensamente frios.

Bebedouro (água gelada)

O emprego das instalações de água gelada, usada nos bebedouros, é recomendável em escolas em função da facilidade e do conforto, dispensando o uso da geladeira pelos alunos. Para uso humano, a temperatura ideal da água para se beber é de aproximadamente 9º C, havendo, entretanto, necessidade de resfriamento dependendo da temperatura ambiente local.

Normalmente a água é refrigerada no próprio ponto de consumo, como nos tradicionais bebedouros elétricos. Estes são colocados em pontos convenientes de circulação pessoal, de fácil manutenção e, sobretudo, em pontos que permitam o abastecimento de água potável e a retirada de águas servidas (esgoto). A filtragem da água é feita no próprio bebedouro e a vela deverá ser limpa periodicamente, segundo as especificações dos fabricantes.

Reservatório de água

A água da qual você se serve geralmente é acumulada em um reservatório, também denominado de caixa d’água. O reservatório é o recipiente utilizado para o armazenamento de água, que desce, por gravidade, até os pontos de consumo (torneira, vaso sanitário, bebedouro, chuveiro, etc.). O reservatório pode ser construído em torre elevada, apoiado na laje de cobertura da edificação ou ser enterrado. Ele é composto por boia com registro (torneira que controla a entrada de água), uma saída para limpeza e um ladrão ou extravasor (cano para saída de água em caso de não funcionamento da boia).

Em algumas edificações pode existir apenas um reservatório, e nos edifícios altos geralmente existem dois reservatórios, um superior e outro inferior.

O volume de água a ser armazenado requer um estudo da demanda (necessidade de consumo). O dimensionamento de uma caixa d’água deve garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças de utilização e do sistema de tubulações. Deve-se, também, preservar o conforto dos usuários.

Os reservatórios são encontrados em diversas formas e podem ser: de polietileno - um dos materiais mais empregados, com capacidade de armazenar de 310 a 6 mil litros de água; de fibra de vidro – que permite grandes reservatórios, de 100 a 25 mil litros; de fibrocimento – tradicional nas caixas d’água brasileiras, fabricado com ou sem amianto (substituído pelo cimento reforçado com fio sintético, o CRFS), têm capacidade de 250 a 1 mil litros; de aço inox – com espessuras reduzidas das paredes, conseguem manter a água fria mesmo quando expostos diretamente ao calor, com capacidade de 300 a 2 mil litros; ou ainda, pré-fabricados ou moldados in loco (feitos no local), em alvenaria ou concreto, que devem ser impermeabilizados.

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