Teoria
da arquitetura é o ato de pensar, discutir, ou ainda mais importante,
escrever sobre arquitetura.
Introdução
Esta
disciplina apresenta geralmente uma estrutura centrada em uma abordagem cronológica
da história. Nessa perspectiva, trabalha-se os conteúdos com ênfase em um olhar
contemporâneo, encaminhando simultaneamente os estudos da arquitetura
internacional e nacional, artes, paisagismo, urbanismo e urbanização. Ou seja,
com uma forte ênfase na compreensão da determinante cultural do partido
arquitetônico e na discussão do enfrentamento das difíceis questões decorrentes
da atual dinâmica das metrópoles.
Objetivos gerais
Defina-se
como objetivos gerais discutir o papel das vanguardas em sua construção de uma
identidade nacional contemporânea, reconhecendo a diversidade de tendências que
coexistem no período entre-guerras e que em grande parte se fazem notar hoje no
patrimônio construído de nossas cidades, discutindo os critérios e métodos
projetuais e construtivos. Em decorrência dessa reflexão, à luz da herança da
modernidade e do pluralismo atual, trata-se das questões do projeto e
construção do ambiente contemporâneo, estimulando a discussão da possibilidade
de identidade cultural para a nossa arquitetura, a investigação atual sobre o
partido arquitetônico e as técnicas construtivas, e os principais desafios,
questões e perspectivas para a profissão, considerando as diversas tendências
existentes na construção da cidade e do ambiente contemporâneo.
A abordagem
didático-pedagógica desse campo acima definido procura atingir os objetivos que
seguem:
· Transmitir
informações básicas aos alunos, de modo que venham a situar-se diante
das
principais tendências e eventos em cada período;
· Enfocar os
vários campos do projeto de arquitetura (projeto do edifício, projetos
urbanos
e de paisagismo), sempre estabelecendo relações com as artes (sobretudo artes
plásticas), com as grandes questões da cultura em cada período e com a
construção do ambiente no qual se inserem;
· Orientar os
alunos a atividades de pesquisa no âmbito da disciplina, sobre projetos e
obras
de arquitetura.
Este
último item é o desafio didático principal que coloca-se nas disciplinas,
propondo a produção de conhecimento como atividade estruturadora do ensino de
Teoria e História. A atividade de pesquisa na Universidade não pode ser
definida no âmbito das disciplinas, porém, conforme cada caso, é possível que
disciplinas tragam contribuições a trabalhos sistemáticos de pesquisa. Assim, a
função da disciplina deixa de ser a transmissão de conhecimento e passa a ser,
também, a produção de conhecimento. Como atingir este patamar com o aluno de
graduação, em uma atividade restrita à estruturação do ensino em torno da
hora-aula? Contribuir na organização e sistematização de banco de dados sobre
história e teoria da arquitetura com ênfase na produção da região em que a
escola se insere, bem como sua divulgação em diversos meios, sobretudo através
da Internet, pode ter o papel de mostrar ao aluno aplicações extraclasse para
seu trabalho e o contato com realidades e tecnologias que estão transformando o
cotidiano.
Apesar
de a disciplina ocupar um campo estabelecido e de certo modo convencional,
procura-se vê-la também como um laboratório permanente de ensino, aprendizagem
e síntese. Daí a importância da pesquisa, sobretudo em uma disciplina de
caráter teórico no curso de arquitetura. O seu caráter teórico não decorre de abordagens
expositivas, quer por parte do professor, quer por parte do aluno, decorre do
caráter de investigação a que se estimula o aluno no que se refere ao ambiente
e cultura para os quais o arquiteto deve responder, a partir, sobretudo, do
projeto.
É
necessário também que o aluno adquira habilidade, confiança e autonomia nos procedimentos
de pesquisa. Parece-nos indispensável que seja desafiado a compreender a
diferença entre os estudos do segundo grau e os estudos universitários,
centrados não tanto na fixação quanto na investigação, na reflexão e na crítica
no âmbito de um campo de formação e atuação. É necessário que se reduza a
distância entre o ensino e a prática da produção do projeto e uma das
contribuições que a disciplina teórica pode dar é para a capacidade de o aluno
apreciar e avaliar, por si, e de modo pertinente, obras de arquitetura.
Deve-se
enfatizar nessa leitura da arquitetura (sempre edifício, paisagismo, urbanismo)
não apenas a imagem, tão explorada nas nossas indispensáveis coleções de slides
e transparências, mas a materialidade da obra. Costumamos expressar essa
abrangência por três aspectos interdependentes: habitabilidade, construtibilidade,
linguagem. Para se dar conta dessa complexidade e da organização de seus
procedimentos e alvos, é fornecido aos alunos um roteiro de trabalho.
Os
resultados permitirão com o tempo uma série de desdobramentos, lançando luz
sobre a arquitetura menos conhecida, mas de grande qualidade nos casos
estudados. A aplicação que tem-se é um processo sistemático de investigação,
onde o aluno, dominando os procedimentos propostos passa a participar já em sua
formação da necessária aventura da produção de conhecimento sobre nossa
arquitetura.
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Assista
essa história rápida sobre a arquitetura, feita pela Lindiagane Silveira para o
Espaço Cultural.
Karaca muito boa as informações, falando em arquitetura eu prefiro a antiga dos casarões e obras barrocas do que esses predios quadrados que temos hj.
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