Utilizar
recursos da natureza sem agredir o meio ambiente é o que existe de mais moderno
na arquitetura atual.
Introdução
A
idéia de “sustentabilidade”’ das relações entre sociedade, espaço e ambiente
natural tem se afirmado como um dos temas mais centrais na atualidade – de
fato, quase uma onipresença: nas crescentes discussões ambientalistas e geopolíticas,
na esfera técnico-acadêmica, na sua recente apropriação por sistemas de
produção e consumo que se valem do selo “sustentável” nas mesas de bar.
Embalados por esse movimento, parecemos entender a centralidade do problema do
ambiente construído na sustentabilidade, e assumir a possibilidade de que
edificações e cidades têm diferentes comportamentos quanto à sua
sustentabilidade. Contudo, as visões correntes da sustentabilidade arquitetônica
e urbana parecem ainda se restringir, sobretudo às dimensões mais evidentes do consumo
de energias não-renováveis e o comportamento das edificações.
Haveria
outros aspectos de sustentabilidade do ambiente construído? Como objetivar tais
aspectos – digamos, a sustentabilidade do comportamento social e econômico de
nossas cidades e edificações? Haveria, por exemplo, contradições entre
elementos de sustentabilidade do edifício e de sustentabilidade urbana –
digamos, entre o comportamento energético de um tipo arquitetônico e seu
impacto urbano (digamos, sobre a vida social e econômica do bairro ou
cidade)? Teria a forma de nossas cidades
a ver tanto com o problema energético quanto às dimensões subestimadas da
sustentabilidade do ambiente construído? Que morfologias seriam mais
sustentáveis, e em que sentido? O presente trabalho argumenta que ainda temos pouco
claro em nossos discursos, práticas e ensino da arquitetura as diferentes dimensões
da sustentabilidade – como em o que entendemos por “sustentabilidade urbana” e
sua relação com o edifício e sua “sustentabilidade arquitetônica”. Argumenta
que, para avançarmos na compreensão das diferentes dimensões da
sustentabilidade em arquitetura, precisamos conectar as escalas artificialmente
separadas da “arquitetura” e do “urbanismo” e entender as implicações sistemáticas
da forma edilícia na produção da forma urbana, como capazes de incluir efeitos
para além do ambiente construído – isto é, sobre o “meio antrópico” (o
comportamento
de processos aparentemente imateriais, como nossas práticas no espaço) para
então vermos os efeitos severos, ainda pouco reconhecidos, de tais implicações sobre o ambiente natural.
O
artigo afirma a necessidade do reconhecimento da possibilidade de diferentes
configurações do objeto arquitetônico e seus conjuntos terem impactos
diferenciados sobre o desempenho (e a sustentabilidade) de nossas atividades no
espaço arquitetônico-urbano. A observação de tal dimensão sistêmica da
arquitetura – as relações causais entre aspectos espaciais e dinâmicas socioeconômicas
– nos trará a uma visão de sustentabilidade mais complexa, e nos deslocará para
além da escala do edifício e o problema imediato da sua eficiência energética.
Para
objetivar tais aspectos da sustentabilidade e localizar suas condições
morfológicas nas ligações entre o edifício e a forma da cidade, o artigo trará
a proposição de duas dimensões de sustentabilidade e desempenho de morfologias
arquitetônico-urbanas ausentes em discursos redutivistas: a socialidade (a
vitalidade das comunicações, e encontros e redes sociais formadas no espaço
urbano) e a microeconomicidade (a intensidade de trocas microeconômicas
amparadas por espaços arquitetônico-urbanos) como implicações sistêmicas da
forma arquitetônico-urbana, e como dimensões fundamentais da sustentabilidade e
da geração de morfologias sustentáveis.
Finalmente,
ao explorar as relações entre a morfologia do edifício e a morfologia da cidade
como parte sistemicamente ativa em processos sociais e econômicos, o artigo
apontará convergências entre aspectos morfológicos e seus impactos sobre esses
processos com fatores-chave da sustentabilidade energética e ambiental. Mas
quais seriam essas configurações morfológicas e seus efeitos sobre dinâmicas na
cidade? Quais suas condições de existência, ou em que tipo de conexão estariam baseadas?
Essas condições partem da constatação de uma relação inerente, complexa, mas
direta entre espacialidade e a prática humana. Gostaria de discutir algumas das
características e situações reconhecíveis em nossas cidades, antes apontando as
razões para as termos ainda ignoradas em nossas práticas, bem como certos
riscos dos discursos usuais de sustentabilidade.
Mudança pode beneficiar a saúde
Qualquer prédio comercial ou residencial pode alcançar certo grau de sustentabilidade atacando fatores como desperdício de água e de energia elétrica. Se for além, controlando os dejetos que são despejados nos ralos das cozinhas e também os detritos industriais, melhor.
Mas há ainda algo na sustentabilidade de edifícios que não se pode ser medido: o conforto ambiental.
As construções no passado tinham o cuidado de ter jardins internos que mesmo em dia de chuva podiam ser contemplados. Hoje isso não existe. Muitos prédios construídos dão vista para paredões, pátios internos de face sul que não recebem uma nesga de sol, não têm um único verde.
Plantas
refrigeram o ambiente, atraem pássaros, criam paisagens, nós precisamos disso
para nossa sanidade mental. Uma experiência feita nos Emirados Árabes, com um
conjunto de prédios, mostrou que a adoção de telhados verdes pode diminuir em
até 5°C a temperatura no entorno dos edifícios. Cinco graus é a diferença entre
você se abanar ou colocar um casaquinho.
Mesmo
pequenos jardins internos, colocados em frente a áreas com muito sol, têm
capacidade de reduzir a temperatura do local, deixando a luz do sol
passar.
Há prédios mal projetados em todos os lugares. Um dos piores problemas, segundo ele, é a qualidade acústica do ambiente. Os pisos conhecidos como “carpetes de madeira”, por exemplo, por não terem uma fixação no assoalho, criam um grande ruído quando alguém caminha sobre eles, principalmente de salto alto.
Mas o pior problema é ouvir o que o vizinho fala. Uma solução é o teto de gesso, que, além de esconder tubulação e fiação sobre ele, ainda cria certo isolamento acústico.
Profissional consciente
Nosso país e nosso planeta tem uma necessidade urgente de se proteger contra a entrada de calor nos diversos tipos de ambientes, pois assim o preço para se obter o conforto térmico tão necessário, torna-se viável, a proteção do madeiramento dos telhados já prontos e em construção é fundamental para o equilíbrio do desmatamento além de outros desperdícios que a natureza não suportará.
Nós, profissionais em todas as áreas, temos a obrigação de conhecer e orientar no sentido de obtermos um mundo mais equilibrado para que possamos assim obter uma melhor qualidade de vida sem desperdícios e mais agressão à mãe natureza.
A conscientização e atitudes tomadas neste momento será a certeza de um futuro melhor para nossa geração que já tem uma perspectiva de vida melhor e podermos deixar algo eficiente ecológico e duradouro para o futuro de toda a humanidade.
Há prédios mal projetados em todos os lugares. Um dos piores problemas, segundo ele, é a qualidade acústica do ambiente. Os pisos conhecidos como “carpetes de madeira”, por exemplo, por não terem uma fixação no assoalho, criam um grande ruído quando alguém caminha sobre eles, principalmente de salto alto.
Mas o pior problema é ouvir o que o vizinho fala. Uma solução é o teto de gesso, que, além de esconder tubulação e fiação sobre ele, ainda cria certo isolamento acústico.
Profissional consciente
Nosso país e nosso planeta tem uma necessidade urgente de se proteger contra a entrada de calor nos diversos tipos de ambientes, pois assim o preço para se obter o conforto térmico tão necessário, torna-se viável, a proteção do madeiramento dos telhados já prontos e em construção é fundamental para o equilíbrio do desmatamento além de outros desperdícios que a natureza não suportará.
Nós, profissionais em todas as áreas, temos a obrigação de conhecer e orientar no sentido de obtermos um mundo mais equilibrado para que possamos assim obter uma melhor qualidade de vida sem desperdícios e mais agressão à mãe natureza.
A conscientização e atitudes tomadas neste momento será a certeza de um futuro melhor para nossa geração que já tem uma perspectiva de vida melhor e podermos deixar algo eficiente ecológico e duradouro para o futuro de toda a humanidade.
Todo arquiteto deve ser capaz de projetar considerando as especificidades climáticas do local, a luz natural, o conforto ambiental e a eficiência energética como parâmetros de projeto arquitetônico, enfocando o desenvolvimento bioclimático sustentável. Conhecer as condições ambientais e visitar o local do projeto são fundamentais para se ter uma noção correta de todas as particularidades como percepção dos ventos, percurso do sol, ruídos acústicos e vegetação, por exemplo. Posteriormente, com as simulações feitas em softwares a partir dos dados obtidos no local, temos como ter uma visão bem próxima da realidade e, assim podemos fazer os ajustes necessários antes que a obra seja executada. A maior preocupação do arquiteto deve existir na fase inicial do projeto, anterior à execução.
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Assista
a esse vídeo, que trata de um debate sobre arquitetura sustentável, com o
arquiteto e professor do Centro Universitário Belas Artes, Rodrigo Loeb em São
Paulo, no dia 19 de maio de 2009. Assista
a esse vídeo, que trata de um debate sobre arquitetura sustentável, com o
arquiteto e professor do Centro Universitário Belas Artes, Rodrigo Loeb em São
Paulo, no dia 19 de maio de 2009.