AÇOS
Liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono.
Matérias primas
e processos de fabricação do aço
Extração
do ferro no alto forno – o ferro é extraído dos seus minérios
por meio de reações de redução, obtidas através da ação do carbono, sob a forma
de carvão. No alto forno o minério é reduzido a
ferro metálico, a ganga (impurezas em relação ao minério) e as cinzas
são transformadas em escória e além disso o ferro absorve metais, metaloides e
não-metais que alteram as suas propriedades. O ferro que sai do alto forno
chama-se gusa e é ainda inaplicável como material de construção. A partir da
gusa de
alto
forno, obtém-se 3 tipos de materiais, na percentagem de carbono que contém:
.
ferro macio = C < 0,025%
.
aço = 0,1% < C < 1,7%
.
ferro fundido = 1,7% < C < 5%
Purificação
da gusa
– consiste no aproveitamento da fácil oxidação dos elementos que a gusa contém.
No convertidor, a gusa em fusão é atravessada por uma corrente de oxigênio e os
elementos oxidados escapam-se para a atmosfera em óxidos no estados gasoso ou
permanecem no banho sob a forma de escórias separando-se do aço por diferença
de densidade. Dos convertidores, o aço em fusão é moldado em bilites (barra com
alguns metros de comprimento e pequena secção) ou lingotes.
Moldagem
- extrusão
– o lingote é refundido e obrigado a passar, sob pressão, por orifícios com a
forma
desejada, e esfriado;
- laminagem
– o material é levado ao rubro e obrigado a passar entre cilindros com
espaçamentos
e diâmetros cada vez menores (fieira);
- trefilamento
ou estiramento – o metal é ligeiramente aquecido e forçado a passar por
orifícios
de moldagem.
Tratamentos
mecânicos –
também chamados de “tratamento a frio”, são processos que alteram as
características mecânicas do aço, nomeadamente a tenção limite de cedência e a
extensão de rotura.
.
laminagem a frio – esforços impostos
à compressão transversal (deformação longitudinal permanente);
. estiragem – esforços impostos à torção e tração simples (aplicação de tração
às barras ou fios (obtenção de peças heterogêneas nas dimensões e diâmetros));
. trefilagem – esforços impostos à tração (estiragem através de fieiras).
Natureza e
características mecânicas dos aços
Aptidão
para a dobragem – uma vez que o aço endurecido a frio (diz-se que o
aço foi endurecido a frio, se após a moldagem, o aço for trabalhado a frio e
antes da sua utilização ocorrer envelhecimento) é frágil, tem tendência a
fendilhar quando dobrado
Ensaio de
dobragem
- a REBAP exige este ensaio para varões de qualquer diâmetro de superfície lisa
e para varões de diâmetro inferior a 12 mm de superfície nervurada.
o espaçamento entre os apoios deve ser
de 2x diâmetro do mandaril + 3x diâmetro do varão;
o mandaril é colocado sobre o varão a
meio vão;
exerce-se força até se verificar um
ângulo de dobragem de 180°.
Obs.:
O aço é aceitável se não fendilhar na zona de dobragem.
Ensaio de desdobragem – a
REBAP exige este ensaio para varões nervurados de diâmetro de superfície a 12 mm.
- o varão
é dobrado a 90°, segundo a técnica do ensaio anterior;
- envelhecimento
artificial (30 min a 100º C e arrefecimento à temperatura ambiente);
- desdobragem
de 20º.
Características
geométricas dos varões
Configuração
superficial
.
lisos (sem rugosidades ou saliências);
.
nervurados (com saliências) – existem nervuras (inicialmente paralelas ao eixo
do varão, mas se ele for endurecido a frio por torção formam um certo ângulo
com o eixo);
.
contínuas e descontínuas;
.
indentados (têm uma série de cavidades tipo pneu);
O
aço nervurado é o que tem melhor aderência ao betão.
Aderência ao
betão
Alta aderência – os varões que não fendilham,
mesmo quando sujeitos a tensões elevadas – varões rugosos;
Aderência normal – os que não
contém o requisito anterior – varões lisos e rugosos.
Obs.:
A avaliação é feita com base nas dimensões e configurações das nervuras ou nos
ensaios de viga e arrancamento.
Ensaio
de viga
– é o ensaio mais preferível, pois usa condições mais reais.
- o varão
só está aderente ao betão no comprimento dos 10f, o
resto do varão
encontra-se
numa bainha, onde não há contato com o betão, dentro da qual pode deslizar
livremente;
- o objetivo
é medir (nas extremidades) a força a partir da qual há deslizamento do
varão.
Ensaio
de arrancamento (pull–out–test) – consiste em submeter o varão a
uma força de tração aplicada numa das extremidades, ficando a outra livre. A
relação entre a força aplicada e o deslocamento medido na extremidade oposta à
solicitação, constitui o resultado do ensaio.
Nomenclatura
Segundo
a REBAB, as designações inseridas na caracterização de um aço são:
L
– liso
R
– rugoso
N
– laminado a quente
E
– endurecido a frio
Assim
um tipo de aço pode ser: A235NR, o qual é um aço (A), de tensão de cedência de
235 MPa, laminado a quente (N), de superfície rugosa (R).
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Assista a esse vídeo sobre o ensaio de dobramento do aço, realizado pela Universidade Estadual de Maringá - PR.
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CORAÇÃO DE AÇO
Me encosto sedento e feliz no seu regaço
Buscando em teu corpo um espaço
Você me afasta do abraço
Agora para mim é pouco, é pedaço
Parece-me que o teu cansaço
É na verdade o rompimento dos laços
Você desistiu, desvia o passo
Teu coração
È duro, estéril e frio como aço
Me encosto sedento e feliz no seu regaço
Buscando em teu corpo um espaço
Você me afasta do abraço
Agora para mim é pouco, é pedaço
Parece-me que o teu cansaço
É na verdade o rompimento dos laços
Você desistiu, desvia o passo
Teu coração
È duro, estéril e frio como aço
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