O mau uso do solo pode acarretar trajes consequências para uma edificação, como um deslizamento futuro.
É o
conjunto das atividades - processos individuais de produção e reprodução - de
uma sociedade por sobre uma aglomeração urbana assentados sobre localizações individualizadas, combinadas com seus padrões ou
tipos de assentamento, do ponto de vista da regulação espacial. Pode se dizer
que o uso do solo é o rebatimento da reprodução social no plano do espaço
urbano.
O uso do solo é uma combinação de um tipo de uso
(atividade) e de um tipo de assentamento (edificação).
O uso do
solo assim admite uma variedade tão grande quanto as atividades da própria sociedade.
Se categorias de uso do solo são criadas, é principalmente com a finalidade de
classificação das atividades e tipos de assentamento para efeito de sua
regulação e controle através de leis
de zoneamento, ou leis de
uso do solo.
A
regulação do uso do solo é uma instância da produção do espaço na dialética do
Estado e do mercado. As localizações resultantes da produção do espaço são colocadas
no mercado para seu uso ser definido através da competição entre as atividades
individuais - da qual resulta o preço das localizações - sujeita à regulação do
Estado por instrumentos de planejamento entre os quais as leis do uso do solo.
As leis
de uso do solo são essencialmente únicas e variam segundo a sociedade e o estágio de desenvolvimento, e visam evitar os piores
efeitos da anarquia do mercado. Juntamente com a construção de infraestruturas, constituem os principais meios de intervenção do
Estado na organização espacial mediante o planejamento urbano.
Assim, o
nível de detalhamento das categorias que a lei distingue depende da intensidade
da intervenção do Estado, sendo maior no auge do estágio intensivo com sua social democracia e Estado de
bem-estar, e menor no ocaso desse estágio e sua reação neoliberal.
Na
sociedade de elite e seu “padrão de urbanização”, a regulação do uso do solo é
exercida sobre uma porção restrita do espaço da aglomeração urbana, dizendo-se
que as porções remanescentes constituem assentamentos “informais”, na verdade,
ilegais.
· Obsolescência
e transformação do uso do solo
O valor
de uso de uma localização se altera constantemente com a transformação do
espaço urbano: o uso do solo é constantemente sujeito à obsolescência de
seu capital fixo. O processo de obsolescência comanda o processo de
transformação do uso do solo, do mesmo modo que comanda a substituição da técnica de produção, materializada no capital fixo de um processo de
produção qualquer.
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Veja este
vídeo bastante interessante. Não faz parte do nosso contexto, mas é uma
curiosidade sobre como é constituído o solo. Aproveite!
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