A figura mostra o certo posicionamento de cada um dos itens: pilar e viga. Note que seguindo abaixo ao pilar, encontramos a sapata.
“Bom dia, leitores. Esta é a última postagem do módulo introdutório,
sexta-feira irei propor uma série de exercícios a serem feitos até 29/04. Assim
como fiz em Tecnologia das Construções, dividi Materiais de Construção em seis
unidades. Uma unidade será esta, a qual fecha a etapa. As outras cinco, estarei
apresentando no módulo final”, Alex Silva.
Terminologia:
Pilar –
Elemento vertical, esbelto e resistente.
Viga –
Elemento horizontal, esbelto que apoia em cima dos pilares.
Laje –
Elemento horizontal de grande dimensão e fina espessura.
Sapata –
Alargamento da base do pilar, trata-se de um elemento de fundação que serve
para distribuir as cargas da base do pilar horizontalmente.
Estacas –
Usam-se quando o terreno tem má qualidade, tratando-se de um elemento que serve
para distribuir as cargas verticalmente.
Ensoleiramento
geral
– Usa-se quando também quando o terreno
não é de
boa qualidade, servindo para
distribuir as cargas
sobre toda a base do edifício.
Betão –
Ligante constituído por cimento e vários inertes (areia – inerte fino -, brita
– inerte grosso). Há vários tipos de betão:
simples
– não tem armadura
armado
– com armaduras de aço
pré-esforçado
– também com armaduras de aço, as quais estão constantemente a exercer esforço
sobre a peça.
Vão –
Distância entre apoios.
Cofragem – Molde
para fazer vigas (muito caras)
Fase
dos toscos
– Trata-se da fase em que se faz a estrutura e se abrem os rossos para as
canalizações. É nesta fase que se vê a construção crescer (normalmente 1 piso
por cada semana ou 15 dias), consumindo-se 10 a 15% do custo da obra.
Fase
dos limpos
– É nesta fase que se fazem os acabamentos, sendo pois mais extensa e mais cara
do que a fase dos toscos.
Inertes –
Elementos que não reagem (agregados), servem para fazer betão e argamassas.
Argamassa – Serve
para fazer rebocos, sendo constituídas por 2 ou mais ligantes (cimento e cais) e
inerte fino.
Características
mecânicas:
Deformação – é uma
transformação que se traduz numa variação da distância entre pontos. Quando
ocorre na fase plástica corresponde a um pequeno acréscimo da força que se
traduz numa grande deformação remanescente.
Material
frágil
– tem uma fase plástica muito reduzida, quebrando sem pré aviso (ex: aço de
alta resistência, vidro). Tem a vantagem de aguentar mais carga do que um material
dúctil.
Material
dúctil
– tem uma fase plástica muito extensa, ou seja, deforma muito e só depois é que
quebra.
Abrasão –
desgaste verificado nos materiais por acção do atrito existente entre os
materiais (ex.: sapatos vs pavimento)
Fadiga – diminuição
da resistência de um corpo por acção de uma solicitação periódica (ex.: após
vincar um arame, se o dobrarmos alternada e repetidamente ele acaba por partir)
Fluência –
acréscimo da deformação sob tensão constante.
Relaxação –
diminuição, no tempo, da tensão sob deformação constante
Estabilidade
mecânica
– (deformações) quando estamos a trabalhar com 2 ou + materiais diferentes,
eles têm que ter fluências semelhantes, pois se isto não acontecer a peça entra
em rotura
Variações
térmicas
– (dilatam com o calor e contraem com o frio) há que ter este efeito em conta
aquando da construção de estruturas metálicas – juntas de dilatação. Este
efeito é também importante uma vez que há uma constante necessidade de usar
materiais diferentes em conjunto, os quais não podem perder a aderência, assim
terão que ter coeficientes de dilatação térmica semelhantes.
Retração –
diminuição do volume – quando fazemos betão (inertes + cimento + água), ao
secar aparecem poros vazios onde a água estava e posteriormente evaporou.
Verifica-se assim uma diminuição de volume. Ao mesmo tempo ocorre também
fissuração, pois, por exemplo, as lajes não diminuem o seu volume livremente
uma vez que estão ligadas às vigas.
Elasticidade
–
propriedade que se traduz pela recuperação da forma inicial após cessar-se uma
determinada solicitação. se a recuperação da forma primitiva não ocorre
imediatamente após se cessar a solicitação diz-se que o corpo possui
elasticidade retardada. Se a elasticidade se verifica segundo o eixo da peça,
diz-se longitudinal, diz-se transversal quando se verifica segundo o plano de
uma secção transversal.
Plasticidade –
propriedade de não recuperar a forma quando de deixa de efectuar uma
solicitação.
Viscosidade –
propriedade de um corpo sofrer deformações permanentes sob a acção de uma
solicitação sendo as tensões funções lineares das velocidades de deformação.
Resistência
à compressão
– característica relevante nas pedras e betões. É a resistência que o material
oferece à tensão normal dirigida para o interior do corpo. Determina-se através
de um ensaio numa prensa que comprime um provete de material (cubo, prisma ou
cilindro de dimensão normalizadas) até à rotura.
Resistência à
tracção – característica relevante nos aços e outros metais. É
a resistência que o material oferece à tensão normal dirigida para o exterior
do corpo. Determina-se em ensaios sobre provetes de forma determinada ou fios,
principalmente no caso de fios ou de aço de alta resistência.
Resistência
à flexão
– depende do material e da geometria da secção de material a analisar. Aparece,
na maior parte das vezes, ligada à resistência à tracção, dependendo por vezes
da resistência à compressão.
Resistência
ao punçoamento – caracteriza-se pala resistência do material a
compressões pontuais. Traduz a dureza do material. A dureza é função da relação
resistência à tracção/ resistência à compressão. Quanto mais baixa é esta
relação mais elevada é relação resistência ao punçoamento/ resistência à
compressão. A graduação da dureza é feita pela escala de Mohs (-
talco, salgema, calcite, flourite, apatite, feldspato, quartzo, topázio,
corindo, diamante +).
Resistência
à abrasão
– caracteriza-se pelo desgaste do material sob acção do escorregamento duma
superfície de rugosidade conhecida e sob pressão constante.
Resistência
à fadiga
– a tensão de rotura diminui quando o material é sujeito a esforços repetidos e
alternados ( relevante para os aços)
Características
químicas:
Solubilidade (água e
outros solventes) – é uma causa frequente de casos de patologia da construção.
Assim os materiais de construção não devem ser solúveis a solventes com os
quais entram em contacto no dia a dia, como:
· o gesso
só é utilizado em construções interiores;
· o
pavimento de uma gasolineira tem que ser resistente à gasolina, gasóleo,...;
· o
esferovite é solúvel em determinados tipos de cola.
Afinidade
química
– é muitas vezes causa de acidentes nas construções.
Exemplos
de misturas que reagem mal:
zinco
+ cobre
zinco
+ ferro
cobre
+ ferro ou alumínio
chumbo
+ cal
cimento
+ alguns tipos de madeiras
Se
for necessário misturar algum destes conjuntos de materiais na mesmo
construção, há que isolá-los, por exemplo, uma parede com reboço de cal que
tenha canalizações de chumbo, teremos
que revestir as canalizações com cimento.
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Vídeo interessante! Mostra como é feita uma concretagem de
sapata.
Pela norma ABNT a altura máxima de lançamento do concreto em queda livre é dois metros.
ResponderExcluirMuito bom esse blog, mas seria bom atentar para as terminologias. Betão é o mesmo que concreto, mas esse termo só é utilizado em Portugal. Isso pode confundir um pouco quem é leigo.
ResponderExcluirMuito obrigado, mas o meu blog é feito p/ quem estuda ou é profissional na área. Mas vlw pela atenção.
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