VEDAÇÕES
Ligação com pilares.
Técnicas de execução de alvenarias
Documentos de referência:
– Projeto arquitetônico;
– Projeto estrutural;
– Projeto hidráulico;
– Projeto elétrico;
– Projeto de esquadrias.
– Projeto estrutural;
– Projeto hidráulico;
– Projeto elétrico;
– Projeto de esquadrias.
Ferramentas necessárias
·
carrinho para blocos;
·
colher de pedreiro – é utilizada no espalhamento da argamassa para o assentamento
da primeira fiada, na aplicação da argamassa
de assentamento nas paredes transversais
e septos dos blocos e para a retirada do excesso de argamassa da parede após o assentamento dos blocos;
e septos dos blocos e para a retirada do excesso de argamassa da parede após o assentamento dos blocos;
·
palheta – usada para a aplicação do cordão da argamassa de
assentamento nas
paredes longitudinais dos blocos por
meio do movimento vertical e horizontal ao mesmo tempo;
·
bisnaga – sugere-se que sua utilização na aplicação da argamassa nas
juntas verticais
dos blocos. Tarefa essa que pode ser
executada pelo ajudante, proporcionando ao pedreiro, maior produção na elevação
da alvenaria;
·
fio traçador de linhas – quando assentamos um bloco estratégico as
seguintes
operações são realizadas: locamos o
bloco na posição segundo o projeto, devemos nivelá-lo em relação a referência
de nível, aprumá-lo e mantê-lo no alinhamento da futura parede. O bloco estará
locado quando essas condições forem conseguidas. O emprego do fio traçador de
linhas elimina dois procedimentos no assentamento desses
blocos: a locação e o alinhamento. O fio traçador compõe-se de um recipiente onde colocamos pó colorido, que tinge o fio ao ser desenrolado;
blocos: a locação e o alinhamento. O fio traçador compõe-se de um recipiente onde colocamos pó colorido, que tinge o fio ao ser desenrolado;
·
brocha – utilizada para molhar a laje para aplicação da argamassa de
assentamento
dos blocos da primeira fiada;
·
caixote para argamassa e suporte – o caixote para argamassa de
assentamento deve
possuir paredes perpendiculares para
possibilitar o emprego da régua (40 cm). O suporte com rodas permite que o
pedreiro desloque o caixote com menos esforço e sem necessidade da ajuda
do servente;
·
trena de 30m – utilizada na fase de conferência das medidas e esquadro
do
pavimento, antes de iniciar o assentamento
dos blocos da primeira fiada
·
nível – sugere-se o nível alemão por ser um equipamento simples,
eficiente e barato
se comparado com o nível laser, podendo
ser fabricado com facilidade. Compõe-se de uma mangueira de nível com 16 m comprimento,
acoplada em uma extremidade a um
recipiente de água de aproximadamente 5 litros e, na outra extremidade, a uma haste de alumínio com 1,7 m de altura. O recipiente se apoia a um tripé metálico com 1 m de altura. A haste de alumínio possui um cursor graduado em escala métrica de 25
a +25 cm;
recipiente de água de aproximadamente 5 litros e, na outra extremidade, a uma haste de alumínio com 1,7 m de altura. O recipiente se apoia a um tripé metálico com 1 m de altura. A haste de alumínio possui um cursor graduado em escala métrica de 25
a +25 cm;
·
régua prumo-nível – usada para verificar o prumo e nível da alvenaria
durante o
assentamento dos blocos.
É também utilizada na verificação da planicidade da
parede. Esta régua substitui o prumo de face;
parede. Esta régua substitui o prumo de face;
·
esquadro (60x80x100 cm) – usado na verificação e na determinação da
perpendicularidade entre paredes na
etapa de marcação e durante a execução da primeira fiada;
·
escantilhão – assentado após a marcação das linhas que definem as
direções das
paredes em pontos
definidos pelo encontro das paredes, com a primeira marca
nivelada em relação à referência definida pelo ponto mais alto da laje,
garante o nivelamento perfeito das demais fiadas. Equipamento constituído de uma haste vertical metálica com cursor graduado de 20 em 20 cm e duas hastes
telescópicas articuladas a 1,20 m de altura. É fixado sobre a laje com auxílio de parafusos e buchas.
nivelada em relação à referência definida pelo ponto mais alto da laje,
garante o nivelamento perfeito das demais fiadas. Equipamento constituído de uma haste vertical metálica com cursor graduado de 20 em 20 cm e duas hastes
telescópicas articuladas a 1,20 m de altura. É fixado sobre a laje com auxílio de parafusos e buchas.
Passos para se executar a alvenaria
1º passo – Marcação
·
Depois de ter estudado os projetos e providenciado os componentes, materiais
e
equipamentos necessários, iniciamos a
marcação da alvenaria locando e marcando no
pavimento a origem das medidas;
pavimento a origem das medidas;
·
Verifica-se o esquadro da obra através da diferença entre as diagonais
de um
retângulo. Se para cada 10 metros você
encontrar uma diferença menor ou igual a 5 mm entre as diagonais, isso
significa que o pavimento se encontra no esquadro;
·
Locar
e marcar a direção das paredes,
vãos de portas e shafts utilizando a linha
traçante (também chamado de “cordex”).
Observações:
· Conferir referências
com o gabarito de marcação ou locação da obra;
·
A marcação das paredes perpendiculares pode ser feita usando as medidas:
3, 4 e 5.
2º passo – Instalação dos escantilhões
·
Os escantilhões podem ser fixados com pregos de aço ou bucha e parafuso.
3º passo – Colocação dos escantilhões
no prumo
·
Para essa operação, utilizamos preferencialmente a régua prumo-nível.
4º passo – Nivelamento da 1ª fiada
·
Na direção das paredes, com um nível, percorremos o pavimento e determinamos
o
ponto mais alto;
·
Em cada escantilhão, transferimos esse nível e ajustamos a marca da 1ª fiada;
·
Posicionamos as linhas, para garantir o alinhamento e nivelamento das
fiadas;
5º passo – Assentamento da 1ª fiada
·
Molhar a superfície do pavimento com o uso de uma brocha na direção da
parede
antes da aplicação da argamassa;
·
Aplicar a argamassa de assentamento com uma colher de pedreiro na
largura
aproximada do bloco;
·
Assentamento
de blocos de extremidade;
·
Assentamento
dos demais blocos;
·
Verificações importantes na execução da primeira fiada.
Na primeira fiada deve-se checar os seguintes itens:
·
Locação e tolerâncias dimensionais dos vãos de portas (quando não
for utilizado gabarito) e vãos destinados aos “shafts”;
·
Posição das instalações elétricas e hidrossanitárias.
6º passo – Assentamento das demais fiadas
·
A execução da alvenaria a partir da segunda fiada torna-se
intuitiva, quase
“automática”.
·
Contudo, deve-se atentar para o correto posicionamento dos blocos na
parede onde serão aplicados elementos
como:
–
Tomadas e interruptores elétricos;
–
Componentes pré-fabricados de concreto ou argamassa armada, tais como
quadros
elétricos, visitas hidrossanitárias, molduras
para ar condicionado, contramarcos de janelas e contra-vergas de portas;
Uso da bisnaga:
·
Compatibilidade com as características dos blocos;
·
Dificuldade inicial de implantação;
·
Necessidade de argamassa adequada;
·
Maior regularidade na definição da espessura;
·
Maior produtividade potencial.
Uso da desempenadeira:
·
Mais facilmente adaptável à mão-de-obra;
·
Formação de dois cordões de forma não contínua;
·
Espessura menos regular que com a bisnaga.
Aplicação da argamassa de assentamento
·
A argamassa de assentamento tem sido aplicada de duas formas: nas
paredes
longitudinais, transversais e septos
dos blocos ou apenas nas paredes longitudinais;
·
Trabalhos técnicos têm mostrado que existe uma queda de 20% na
resistência à
compressão das paredes quando executadas
com argamassa apenas nas juntas longitudinais, em relação às paredes com
argamassa também nas juntas transversais;
·
Recomenda-se levantar
os cantos primeiro porque, desta forma, o restante da parede
será
erguida sem preocupações de prumo e horizontalidade, pois estica-se uma linha
entre os dois cantos já levantados, fiada por fiada.
·
Durante toda a etapa de elevação, o prumo, o nível e
o alinhamento devem ser
verificados
de maneira constante. A régua prumo-nível agiliza e confere precisão a este
procedimento;
·
Para se obter melhor
produtividade na execução de alvenaria, as juntas verticais
podem
ser preenchidas após o assentamento dos blocos com a utilização de bisnaga;
·
Em função da
distribuição das equipes, essa tarefa pode ser passada ao ajudante,
possibilitando
que ele comece a se capacitar e assumir outras atividades posteriormente.
União entre paredes
·
São sempre desejáveis juntas de amarração;
·
Pode-se
utilizar blocos especiais;
·
Pode-se utilizar reforços metálicos;
·
Tela de malha quadrada eletro soldada;
·
Tela de malha losangular (estuque);
·
Barras ou fios de Ф 5 mm ou 6,3 mm.
Ligações com pilares
·
Chapisca-se as faces dos pilares em contato futuro com a alvenaria
–
tradicional (aplicação “na colher”);
–
argamassa industrializada para chapisco (aplicação com desempenadeira
dentada);
–
chapisco rolado (aplicação com rolo de espuma).
·
Dispositivos de reforço
–
“Ferros de espera” chumbados durante a própria concretagem do pilar (dobrados,
faceando a forma internamente – ferro
cabelo);
–
Ferros posteriormente embutidos com brocas de vídea e colagem epóxi
(espaçamento
a cada 40 cm e transpasse de 50 cm)
–
Telas
eletro soldadas fixadas com pistolas “finca-pinos”:
Ø Função de evitar
destacamentos das paredes (fissuras, trincas ou rachaduras) devido
às movimentações causadas por:
1.
dilatações e retações térmicas;
2.
deformação da estrutura;
3.
acomodações do solo (recalques);
4.
acomodação da própria alvenaria.
Ligações com vigas ou lajes
Fixação rígida (com pré-tensionamento)
As paredes são fixadas sob tensão, transmite
os esforços e deformações da estrutura para a alvenaria. Se a estrutura
for muito deformável é necessário o dimensionamento da alvenaria, pois a parede
irá contraventar a estrutura. Em caso contrário a parede é somente vedação e a
pré- tensão é feita para garantir a ligação estrutura-alvenaria.
·
Métodos
–
encunhamento com tijolos inclinados;
–
encunhamento com cunhas de concreto;
–
fixação com argamassa expansiva;
–
encunhamento
com tijolos inclinados;
–
encunhamento
com cunhas de concreto;
–
fixação
com argamassa expansiva.
Fixação “resiliente” (sem
pré-tensionamento)
Técnica recomendada para estruturas
mais deformáveis – menor nível de tensão nas paredes do que na ligação rígida e,
portanto, diminuição da probabilidade de surgimento de fissuras pelas
deformações impostas pela estrutura. A deformação lenta e aderência
inicial garantem uma boa fixação. Há a necessidade de argamassa com
características especiais (baixo módulo, alta aderência inicial e alta
plasticidade).
Fixação plástica (por colagem com
espuma)
Técnica recomendada para estruturas muito
deformáveis – menor nível de tensão nas
paredes de todas as técnicas e, por consequência:
paredes de todas as técnicas e, por consequência:
–
menor risco de surgimento de fissuras pelas deformações impostas pela
estrutura;
–
fixação garantida pela colagem;
–
necessidade de forro falso em todos os cômodos ou o uso de mata juntas (ex.
sancas
de poliestireno).
Preparação dos vãos das esquadrias
Sobre o vão das portas e sob os vãos
das janelas devem ser construídas vergas:
·
Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas
esquadrias;
·
Quando trabalha sob o vão, têm a finalidade de distribuir as cargas
concentradas
uniformemente pela alvenaria inferior.
Caso contrário, a alvenaria ficara sujeita à carga
concentrada nas laterais do vão e sem carga no centro. Essa diferença fará com que surjam trincas na alvenaria.
concentrada nas laterais do vão e sem carga no centro. Essa diferença fará com que surjam trincas na alvenaria.
As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas
no local, e devem exceder ao vão no
mínimo 30 cm ou 1/5 do vão. No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga.
mínimo 30 cm ou 1/5 do vão. No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga.
Planejamento da execução
·
Sequência ideal
–
Elevação de cima para baixo com toda a estrutura executada
e fixação de cima
para baixo com toda alvenaria executada;
–
Diretrizes para a execução:
Ø Prazos de carência
mínimos:
–
Marcação – 30 dias da concretagem da laje;
–
Elevação – defasagem de 1 semana da marcação ( e sem escoramento na laje
superior);
–
Fixação – 70 dias da concretagem da laje.
·
Diretrizes para a fixação
–
Retardar ao máximo a fixação;
–
Colocar antes toda a carga permanente possível (ex. contrapiso);
–
No mínimo três ou quatro pavimentos de alvenaria já executados
acima do que
será fixado;
–
Fixar a alvenaria dos pavimentos superiores para os inferiores
(alternativa – em
conjunto de três ou quatro pavimentos de
cima para baixo);
–
Fixação da alvenaria do último pavimento.
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