VEDAÇÕES
Vedações verticais
São elementos que compartimentam e
definem os ambientes internos, controlando a ação de agentes indesejáveis.
Pode-se dizer que seja o invólucro do edifício.
Propriedades e requisitos funcionais
• Desempenho térmico (principalmente
isolação);
• Desempenho acústico (principalmente
isolação);
• Estanqueidade à água;
• Controle da passagem de ar;
• Proteção e resistência contra a ação do fogo;
• Desempenho estrutural (estabilidade, resistências mecânicas e deformabilidade);
• Proteção e resistência contra a ação do fogo;
• Desempenho estrutural (estabilidade, resistências mecânicas e deformabilidade);
• Controle de iluminação (natural e
artificial) e de raios visuais (privacidade);
• Durabilidade;
• Custos iniciais e de manutenção;
• Padrões estéticos (de conforto visual);
• Facilidade de limpeza e higienização.
• Padrões estéticos (de conforto visual);
• Facilidade de limpeza e higienização.
Tipos de vedações verticais
São os tipos de vedações mais
empregados:
– Paredes de alvenaria ou maciças;
– Painéis leves;
– Painéis pré-moldados ou
pré-fabricados;
– Fachada cortina;
– Esquadrias.
Paredes
São elementos de vedação vertical
empregados interna ou externamente; moldados no próprio local ou pré-fabricas e
montados no local; são fixos, pesados e autossuportantes (não necessitam de uma
estrutura de suporte dos componentes da vedação).
As paredes podem ser sub-classificadas
em função de seu desempenho funcional em:
– estruturais – atua como estrutura
portante do edifício;
– de contraventamento – tem função de aumentar a rigidez da estrutura reticulada e absorver os esforços decorrentes da deformação do pórtico;
– de contraventamento – tem função de aumentar a rigidez da estrutura reticulada e absorver os esforços decorrentes da deformação do pórtico;
– de vedação – atua somente como
componente de vedação.
Paredes de alvenaria
O termo alvenaria pode ser definido
como componente complexo, conformado em obra, constituído por tijolos ou
blocos unidos por si por juntas de argamassa formando um conjunto
rígido e coeso. A partir dessa definição pode-se fazer uma classificação das alvenarias
segundo o material empregado. Essa classificação é apresentada a seguir:
– Alvenaria de bloco cerâmico;
– Alvenaria de bloco de concreto;
– Alvenaria de bloco de concreto celular;
– Alvenaria de bloco de solo-cimento;
– Alvenaria de pedra.
– Alvenaria de bloco de concreto celular;
– Alvenaria de bloco de solo-cimento;
– Alvenaria de pedra.
Importância histórica da alvenaria
• Principal material estrutural de
edifícios ao longo de 6.000 anos de civilização;
• Principal material responsável pela
habitabilidade dos abrigos construídos pelo homem;
• Século XX – desenvolvimento do
concreto armado – a alvenaria perdeu a condição de principal estrutura suporte;
• Como elemento estrutural, ficou
restrita a edificações de até dois pavimentos;
• Em edifícios de grande altura
ainda é comum empregar estrutura de concreto armado e alvenaria apenas de vedação.
• Ressurgimento da alvenaria estrutural:
– ressurgiu na Europa e nos EUA, na
década de 60, com o desenvolvimento da alvenaria estrutural para edifícios multi-pavimentos;
– está progressivamente reassumindo a
sua condição histórica como estrutura suporte (Grã-Bretanha, Itália e França);
– continua a ser o principal material para vedação do edifício.
– continua a ser o principal material para vedação do edifício.
Vantagens da alvenaria
• Durabilidade superior a da maioria
dos outros materiais;
• Facilidade e baixo custo de produção
dos componentes;
• Facilidade de produção;
• Maior aceitação pelo usuário;
• Bom excelente desempenho funcional:
– Bom isolamento térmico;
– Bom isolamento acústico;
– Boa estanqueidade à água;
– Excelente resistência ao fogo;
– Excelente resistência mecânica.
Desvantagens da alvenaria
• Requer mão-de-obra especializada;
• Baixa produtividade relativa na
execução (elevado consumo de mão-de-obra);
• Domínio técnico centrado na mão-de-obra executora;
• Elevada massa por unidade de superfície;
• Necessidade de revestimentos adicionais para ter rugosidade baixa;
• A vedação vertical concentra o maior desperdício de materiais e mão-de-obra:
• Domínio técnico centrado na mão-de-obra executora;
• Elevada massa por unidade de superfície;
• Necessidade de revestimentos adicionais para ter rugosidade baixa;
• A vedação vertical concentra o maior desperdício de materiais e mão-de-obra:
– argamassa + bloco (alvenaria);
– resíduo que sai;
– resíduo que fica;
– influencia em 10% a 40% do custo do edifício.
Tipos de blocos
Tijolos cerâmicos
·
Tijolos maciços:
São blocos de barro comum, moldados com
arestas vivas e retilíneas obtidos após a queima das peças em fornos contínuos
ou periódicos com temperaturas da ordem de 900 a 1000°C.
– dimensões mais comuns: 21x10x5 cm;
– peso: 2,5 kg;
– resistência do tijolo: 20 kgf/cm²;
– quantidades por m²:
– peso: 2,5 kg;
– resistência do tijolo: 20 kgf/cm²;
– quantidades por m²:
» parede de 1/2 tijolo: 77 unidades;
» parede de 1 tijolo: 148 unidades.
·
Tijolo furado (baiano):
Tijolo cerâmico vazado, moldados com
arestas vivas retilíneas. São produzidos a partir da cerâmica vermelha, tendo a sua
conformação obtida através de extrusão.
–dimensões: 9x19x19cm;
–peso = 3 kg;
–resistência do tijolo: espelho ≅ 30kgf/cm² e um
tijolo ≅ 10kgf/cm²;
–quantidade por m²:
» parede de 1/2 tijolo: 22 unidades;
» parede de 1 tijolo: 42 unidades.
» parede de 1 tijolo: 42 unidades.
A seção transversal destes tijolos é variável,
existindo tijolos com furos cilíndricos e com furos prismáticos. No assentamento,
em ambos os casos, os furos dos tijolos estão dispostos paralelamente à
superfície de assentamento, o que ocasiona uma diminuição da resistência dos
painéis de alvenaria. As faces do tijolo sofrem um processo de vitrificação,
que compromete a aderência com as argamassas de assentamento e revestimento,
por este motivo são constituídas por ranhuras e saliências, que aumentam a aderência.
·
Tijolo laminado:
Tijolo destinado a execução de
paredes de tijolos aparentes. O processo de fabricação é semelhante ao do tijolo
furado.
– dimensões: 23x11x5,5 cm
– peso ≅ 2,7 kg;
– resistência do tijolo ≅ 35kgf/cm²;
– resistência da parede = 200 a 260 kgf/cm²;
– quantidade por m²:
» parede de 1/2 tijolo: 70 unidades
» parede de 1 tijolo: 140 unidades
Blocos cerâmicos
Além de exercerem a função de vedação,
também são destinados a execução de paredes que constituirão a estrutura
resistente da edificação (podendo substituir pilares e vigas de concreto).
Estes blocos são utilizados com os furos sempre na vertical. Quando apresentam
elevada resistência mecânica, padronização das dimensões, concorrem técnica e economicamente
com as estruturas de concreto armado.
·
Vantagens
– leveza (decréscimo do custo das
fundações);
– isolamento térmico e acústico;
– propicia a construção racionalizada;
– simplifica o detalhamento de
projetos, facilitando a integração dos mesmos;
– diminuição do desperdício dos
materiais (componente, argamassa de assentamento e reboco);
– decréscimo na espessura de
revestimento (emboço ou reboco);
– canteiro de obra menos congestionado e espaço
mais limpo;
– facilita a prumada das paredes;
– permite a utilização de componentes
pré-moldados (vergas, contra-vergas, etc.);
– regularidade de formas e dimensões;
– arestas vivas e cantos resistentes;
– inexistência de fendas, trincas, cavidades, etc. (massa homogênea);
– regularidade de formas e dimensões;
– arestas vivas e cantos resistentes;
– inexistência de fendas, trincas, cavidades, etc. (massa homogênea);
– cozimento uniforme (produz som
metálico quando percutido);
– facilidade de corte (grãos finos e
cor uniforme).
Além dos índices de qualidade acima
citados, os blocos devem estar em conformidade com as normas vigentes no que
diz respeito à caracterização geométrica (forma e
dimensão), resistência mínima à compressão, etc.
dimensão), resistência mínima à compressão, etc.
Tijolo solo-cimento (ecológico)
Material obtido pela mistura de solo arenoso
– 50 a 80% do próprio terreno onde se processa a construção, cimento Portland
de 4 a 10%, e água, prensados mecanicamente.
– dimensões: 20x10x4,5 cm;
– quantidade: a mesma do tijolo maciço;
– resistência à compressão: 30 kgf/cm².
·
Vantagens
– economia de energia na sua produção
(para se ter uma ideia, mil tijolos de argila queimada (o tijolo tradicional)
precisam de 1 m³ de madeira para ser produzidos, o que equivale mais ou menos a
seis árvores de porte médio);
– o custo do frete também pode ser
eliminado, pois o solo do próprio local da obra pode ser utilizado na confecção
dos tijolos;
– ao contrário dos tijolos de argila
queimada, que quando quebram têm que ser jogados fora, os de solo-cimento podem
ser moídos e reaproveitados.
Blocos de concreto
Peças regulares e retangulares, fabricadas
com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água. Recentemente, os blocos
de concreto de cor cinza receberam inovação e apresentam novas variedades de
tamanhos, formas, cores e texturas. Os diferenciais que determinam a opção
pelos blocos de concreto são os benefícios obtidos através do conceito de
sistema construtivo, como segue:
–
precisão das dimensões e modulação;
–
construção sem a necessidade do uso de formas;
–
possibilidade de paredes sem revestimento externo;
–
tubulações embutidas nas paredes;
–
desperdício mínimo, sem geração de entulho;
–
no Brasil, são fabricados vários tipos de blocos que se diferenciam
pelas cores,
formatos e dimensões.
Blocos de concreto celular (sical)
Concreto celular autoclavado é um
produto leve, formado a partir de uma reação química entre cal, cimento,
areia e pó, que, após uma cura em vapor a alta pressão e temperatura,
dá origem a um silicato de cálcio, composto químico estável que o faz um produto
de excelente desempenho na construção civil. Sua resistência à ruptura por
compressão que permite, também, a execução de alvenaria autoportante até quatro pavimentos.
Características e benefícios
proporcionados:
Leve (500 kg/m³) – redução do peso na fundação
e estrutura, economizando concreto, aço, fôrma e mão-de-obra;
Grande dimensão (60x30 cm) – menor
número de juntas de assentamento, com consequente redução do consumo de
argamassa de assentamento e menor custo de mão-de-obra, devido ao menor tempo
de execução;
Facilidade de cortar – Pela facilidade de serrar os blocos, obtém-se
maior racionalização da obra, economizando tempo,
reduzindo perdas e deixando a obra
mais limpa.
Boa textura e uniformidade dimensional
– elimina chapisco interno e emboço para regularização da parede,
economizando argamassa de revestimento e eliminando etapas de trabalho, com
consequente redução do custo de mão-de-obra.
Argamassas
A argamassa é uma mistura de
aglomerantes, agregados e água, dotada de capacidade de endurecimento e
aderência, cuja dosagem varia de acordo com a utilização. Empregada no
assentamento de alvenarias e na execução de revestimentos, a argamassa deve ter,
basicamente, as seguintes características:
• Economia, poder de incorporação de
areia, plasticidade, aderência, retenção de água, homogeneidade, compacidade, resistência
à infiltração, à tração e à compressão e durabilidade.
De acordo com a quantidade de
materiais na mistura, as argamassas podem ser:
• Gordas ou ricas – quando a quantidade
de aglomerante é maior que a necessária para preencher os vazios deixados pelos
agregados;
• Cheias – onde os espaços vazios são
plenamente preenchidos pela pasta;
• Magras ou pobres – quando a
quantidade de aglomerante não é suficiente para preencher os vazios.
De acordo com o número de
materiais ativos, pode-se ter:
• Argamassa simples – em que apenas um
dos elementos é ativo. Por exemplo, a de cimento;
• Argamassa composta – que possui dois
materiais em atividade. Por exemplo, argamassa de cimento e cal.
Argamassas de assentamento
As argamassas de assentamento possuem a
função específica de assentar os componentes de alvenaria. A junta de argamassa
é um componente com forma e função definidas. Suas funções são: unir
solidamente as unidades de alvenaria e ajudá-las a resistir aos esforços
laterais, distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda a área
resistente dos componentes de alvenaria, absorver as deformações naturais a que
a alvenaria estiver sujeita e selar as juntas contra a penetração de água de chuva.
Para que a argamassa tenha capacidade
de prover as funções citadas, deve apresentar as seguintes características:
• Ter trabalhabilidade (consistência,
plasticidade e coesão) suficiente para a produção de um rendimento otimizado e
um trabalho rápido e econômico;
• Ter capacidade de retenção de água
suficiente para que uma elevada sucção do elemento não prejudique suas funções
primárias;
• Adquirir rapidamente alguma
resistência após assentada para resistir a esforços que possam atuar durante a
construção;
• Desenvolver resistência adequada para
não comprometer a alvenaria da qual faz parte;
• Ter aderência adequada aos componentes,
a fim de que a interface possa resistir a esforços de cisalhamento e de tração,
e prover à alvenaria juntas estanques à água de chuva.
• Ser durável e não afetar a durabilidade,
seja de materiais ou da construção como um todo;
• Ter suficiente resiliência (baixo
módulo de deformação), de maneira a acomodar as deformações intrínsecas
(retração na secagem e de origem térmica) e as decorrentes de movimentos
estruturais (de pequena amplitude) da parede de alvenaria, sem fissurar.
Argamassa pronta
Mistura pronta mais fina, que garante
melhor resultado final na aplicação em assentamentos, rebocos e contra-pisos. Aumenta
a produtividade e otimiza a mão-de-obra, pois é fácil de preparar e aplicar:
basta adicionar água e já está pronta para usar.
Aplicação
·
Uso interno e externo
–
assentamento de blocos de concreto, cerâmicos, sílico-calcários e
tijolos comuns;
–
assentamento de alvenaria estrutural de até 6 MPa;
–
revestimento de paredes;
–
reparos diversos;
–
preparação de contra-pisos – serve de base para aplicação de outros
tipos de pisos.
Apresentação
–
embalagens: 50 kg;
–
prazo de validade: 3 meses;
–
rendimento: 17 a 25 kg/m² de alvenaria (assentamento de blocos);
–
armazenamento:
–
sobre estrados de madeira, distantes de 30 cm da parede e pilhas de até 15
sacos;
–
podem ser a granel, armazenadas em silos.
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