A grua é um equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados
Introdução
Grua,
também popularmente conhecida como guindaste ou guincho, é uma máquina usada
para erguer e carregar materiais pesados, é equipada com cabos e roldanas que é
usada para levantar e baixar materiais, sendo utilizada habitualmente nas indústrias
da construção civil e do fabrico de equipamento pesado.
A grua faz
parte do grupo de equipamentos indispensáveis para uma obra bem estruturada.
Além da capacidade de transportar grandes quantidades de carga com segurança e
velocidade, as gruas se destacam pelo emprego de peças pré-montadas
de grande porte que facilitam a sua montagem e desmontagem, ocupando um espaço
menor no canteiro de obras.
Pelo
aumento de velocidade e produtividade no transporte de materiais, o uso da grua
pode ser uma medida economicamente correta.
A grua num canteiro de obra
Uma
frase, muito comum no pensamento de alguns construtores, resume bem como a grua
é vista por boa parte do setor: "Não uso porque não tenho verba para
isso".
Equipamento
símbolo de obras grandiosas com orçamentos generosos, as gruas acabaram não se
disseminando mais justamente pela imagem que possuem. Dissociaram-se de obras
pequenas e médias, em que, supostamente, não há recursos financeiros para esse
tipo de "extravagância".
Excluir sumariamente as gruas, porém, pode ser uma medida antieconômica. E, para se saber exatamente quais os ganhos e perdas decorrentes do uso de gruas, é necessário realizar um correto cálculo do uso do equipamento. Vê-se engenheiro de construtora grande dizer que comparou a grua com o custo de uma bomba que levasse concreto ao último pavimento, mas independente do resultado que ele obteve, o cálculo foi equivocado por não considerar que a grua serve para transportar outras coisas além do concreto.
A melhor forma de saber se a grua é ou não viável em uma determinada obra é elaborando, antes de a construção começar, um projeto de canteiro que inclua logística, transportes internos, pontos de recebimento de materiais e acessos à obra. Com isso em mãos, o construtor tem condições de saber o que a grua movimentaria e fazer um comparativo de produtividade, perda de materiais e velocidade de execução.
Também é importante analisar cada canteiro como algo único, evitando generalizações, como uma muito corrente no setor que considera que uma grua substitui 12 trabalhadores enquanto estiver operando. Índices como esse não devem ser aplicados sem que se baseiem nas condições reais do canteiro, dependendo do caso, esse número pode ser muito maior ou muito menor.
Além das questões financeiras e gerenciais, há aspectos técnicos que podem ser determinantes na escolha do meio de transporte vertical da obra. Por exemplo: se o projeto prevê a adoção de componentes pesados como painéis, estruturas pré-moldadas ou banheiro pronto, as gruas são obrigatórias. No sentido oposto, a indisponibilidade desses equipamentos na região pode levar à escolha de outros sistemas.
Excluir sumariamente as gruas, porém, pode ser uma medida antieconômica. E, para se saber exatamente quais os ganhos e perdas decorrentes do uso de gruas, é necessário realizar um correto cálculo do uso do equipamento. Vê-se engenheiro de construtora grande dizer que comparou a grua com o custo de uma bomba que levasse concreto ao último pavimento, mas independente do resultado que ele obteve, o cálculo foi equivocado por não considerar que a grua serve para transportar outras coisas além do concreto.
A melhor forma de saber se a grua é ou não viável em uma determinada obra é elaborando, antes de a construção começar, um projeto de canteiro que inclua logística, transportes internos, pontos de recebimento de materiais e acessos à obra. Com isso em mãos, o construtor tem condições de saber o que a grua movimentaria e fazer um comparativo de produtividade, perda de materiais e velocidade de execução.
Também é importante analisar cada canteiro como algo único, evitando generalizações, como uma muito corrente no setor que considera que uma grua substitui 12 trabalhadores enquanto estiver operando. Índices como esse não devem ser aplicados sem que se baseiem nas condições reais do canteiro, dependendo do caso, esse número pode ser muito maior ou muito menor.
Além das questões financeiras e gerenciais, há aspectos técnicos que podem ser determinantes na escolha do meio de transporte vertical da obra. Por exemplo: se o projeto prevê a adoção de componentes pesados como painéis, estruturas pré-moldadas ou banheiro pronto, as gruas são obrigatórias. No sentido oposto, a indisponibilidade desses equipamentos na região pode levar à escolha de outros sistemas.
Tipos de grua
· Ascensional
® Características
Instalada
no interior do prédio, passa por janelas abertas nas lajes ou pelo poço do
elevador. No primeiro caso, pode ser necessário executar elementos que
transfiram essa carga extra para os pilares. Normalmente, a grua ascensional tem
torre de 6 a 12 m e fica presa em cerca de dois pavimentos abaixo do último
pronto. Para desmontar, é recomendável que se "deite" a lança sobre
uma laje sem obstáculos após a retirada da torre.
® Vantagens
Como necessita de menos peças que uma grua de torre fixa, o custo médio torna-se menor. O posicionamento central na edificação permite um raio de ação global, principalmente em empreendimentos com apenas uma torre. Além disso, serve-se da própria fundação do edifício.
® Desvantagens
Se
o canteiro não for bem planejado, o elevador pode ser entregue sem que a grua
tenha sido desmontada. Outra questão é o tamanho da lança. Uma grua ascensional
com lança longa sobrecarrega a estrutura que a sustenta pelo aumento do peso
próprio do equipamento. Esse tipo de grua também exige maior cuidado de
impermeabilização. Muitas vezes, a janela em que é implantada atravessa o local
onde será executada a caixa d'água. Nesse ponto, haverá concreto com idades
diferentes e cuidados de compatibilização e impermeabilização são importantes
para evitar vazamentos.
· Fixa
® Características
Posicionada no lado externo da edificação, deve ser presa ao corpo do edifício. Para desmontar, deve haver espaço no canteiro para que toda a lança fique no chão após a retirada das peças da estrutura.
® Vantagens
Se comparada às ascensionais, pode ter maior capacidade de carga e tamanho de lança, além de não interferir no andamento da obra nas lajes. Também pode ser colocada entre duas torres para atender as ambas em empreendimentos com mais de uma edificação.
® Desvantagens
Por causa da relação entre peso e altura, necessita de fundação própria. Dependendo do tamanho da lança, há mais risco de interferir nos imóveis vizinhos. A carga horizontal provocada pelo estaiamento ou fixação da torre no prédio não pode ser desconsiderada pelo calculista. Por fim, tem custo médio mais alto que as ascensionais, já que possui mais peças.
· Móvel
|
® Características
A torre desloca-se sobre rodas apoiadas em trilhos. A pequena "ferrovia" deve ser convenientemente ancorada no solo.
® Vantagens
Pode atender a diversos edifícios em condomínios com várias torres, como em conjuntos habitacionais.
® Desvantagens
Como não possui estaiamento, nem é presa no corpo dos edifícios, tem altura limitada.
Utilização das gruas
Caso
a construtora defina o uso da grua, deve informar o calculista. Essa
necessidade se deve às cargas que esses equipamentos transmitem ao corpo da
estrutura. Uma grua ascensional pesa, em média, 25 t. No caso de gruas com
torres fixas, prendê-las às lajes resulta em um aumento de cargas horizontais.
Não são raros os casos de necessidade de reforço – mesmo que temporário – da
estrutura.
O
consumo de energia também deve ser analisado. Cada grua consome, em média, 35
kVA/h. Por isso, o uso de duas gruas na mesma obra pode aproximar a demanda de
energia do limite máximo de entrada instalada pela concessionária. Nesses
casos, a construtora deve avisar previamente a concessionária e fazer outra
entrada, do tipo estaleiro.
A última questão gerencial a se considerar é a contratação da mão de obra. Alguns empreiteiros fazem o preço pela metragem do empreendimento, desconsiderando que uma grua reduz a quantidade de trabalhadores no canteiro. Os benefícios financeiros obtidos com a redução da mão de obra vão direto à empresa subcontratada. É contraditório buscar um sistema pela economia com mão de obra e repassar os ganhos.
Com o projeto de canteiro definido, já há subsídios para a especificação adequada do equipamento. Em geral, é analisada a capacidade de carga e o comprimento da lança. No Brasil, as gruas mais usadas em obras de edificação têm momento máximo de 360 t.m e lanças que variam entre 20 e 60 m.
As duas características estão interligadas. Um dos fatores que compõe o cálculo da capacidade de carga é o momento, resultado da multiplicação da capacidade de carga pela distância da ponta da lança ao eixo central (a torre). Por isso, uma grua pode erguer materiais mais pesados nas partes mais próximas da torre. No entanto, a capacidade de carga também pode ser condicionada pela resistência do conjunto polia-cabo. Os locadores e fabricantes devem fornecer manuais técnicos que mostram a capacidade do equipamento em cada situação.
A última questão gerencial a se considerar é a contratação da mão de obra. Alguns empreiteiros fazem o preço pela metragem do empreendimento, desconsiderando que uma grua reduz a quantidade de trabalhadores no canteiro. Os benefícios financeiros obtidos com a redução da mão de obra vão direto à empresa subcontratada. É contraditório buscar um sistema pela economia com mão de obra e repassar os ganhos.
Com o projeto de canteiro definido, já há subsídios para a especificação adequada do equipamento. Em geral, é analisada a capacidade de carga e o comprimento da lança. No Brasil, as gruas mais usadas em obras de edificação têm momento máximo de 360 t.m e lanças que variam entre 20 e 60 m.
As duas características estão interligadas. Um dos fatores que compõe o cálculo da capacidade de carga é o momento, resultado da multiplicação da capacidade de carga pela distância da ponta da lança ao eixo central (a torre). Por isso, uma grua pode erguer materiais mais pesados nas partes mais próximas da torre. No entanto, a capacidade de carga também pode ser condicionada pela resistência do conjunto polia-cabo. Os locadores e fabricantes devem fornecer manuais técnicos que mostram a capacidade do equipamento em cada situação.
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Assista
a esse documentário bastante interessante sobre as gruas, exibido pela History Channel,
pelo programa Modern Marvels
(Maravilhas Modernas).
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