A estabilidade de uma construção se refere a um conjunto harmônico e equilibrado dos elementos estruturais.
"RECAPITULANDO... No
módulo intermediário, proporcionei o desenvolvimento do nosso assunto de uma
forma mais organizada e eficaz. Falei sobre o conforto ambiental. Apresentei a
importância da história arquitetônica, e como a forma e o espaço se organizam na
arquitetura. Mostrei a finalidade de se estudar metodologia da pesquisa, os
efeitos do projeto arquitetônico e como é constituída a paisagem arquitetônica.
Destaquei a sustentabilidade na arquitetura. Propus o estudo dos equipamentos
hidrossanitários e como analisar uma estrutura. E, finalmente, frisei o
fracionamento de terras na agricultura e a ergonomia.
Agora, pretendo progredir ainda mais a imagem
de Arquitetura no módulo final. Bom, espero que fiquem ligados na reta final e
decisiva do último módulo de Arquitetura", Alex Silva.
Projeto
Define-se projeto como a associação
harmoniosa de elementos, com a finalidade de atingir dois objetivos, o
funcional e o de ordem estrutural.
· Funcional – o
projeto deve prever todas as áreas e espaços necessários de tal modo
que se atinjam os objetivos a que se
destina;
· Ordem Estrutural
– prever todos os elementos estruturais de tal modo que tenhamos
um conjunto estático, ou seja, em
equilíbrio.
Mecânica
das estruturas
A mecânica das estruturas visa estudar
os efeitos produzidos pelos esforços sobre uma estrutura e determinar as
condições que a estrutura deve satisfazer a fim de resistir a estes esforços.
Estrutura é o conjunto dos elementos
resistentes de uma construção. Tais elementos podem ser: estacas, blocos,
sapatas, colarinhos, vigas baldrame, vigas de equilíbrio, pilares, vigas,
lajes, arcos, cabos, tirantes, abóbadas, casca, etc.
Classificação
dos esforços
· Esforços
externos
® Ativos (cargas);
® Reativos (reações
de apoio).
· Esforços
internos
® Solicitantes –
Esforço normal (N): tração e compressão, esforço cortante (Q),
momento fletor (Mf) e momento torçor (Mt);
® Resistentes –
Tensão normal (s): tração e compressão e tensão de cisalhamento (t).
Classificação
das estruturas
Sob o ponto de vista da composição da
estrutura e da maneira como os esforços externos às solicitam, as estruturas
podem ser classificadas em lineares, superficiais e volumétricas.
· Estruturas
lineares – existe a predominância de uma dimensão sobre as outras duas
dimensões. Podem ser planas e não
planas.
® Planas - são
aquelas estruturas em que se situam no mesmo plano do seu
carregamento externo ou esforços
solicitantes (internos), em outras palavras, estruturas e esforços externos se
encontram no mesmo plano. Ex.: vigas, pilares, arcos, treliças, etc..
® Não planas – são
as estruturas que recebem os esforços externos em planos diferentes
aos planos de desenvolvimento das
estruturas. Ex.: vigas balcão, grelhas, etc..
· Estruturas
superficiais, laminares – são aquelas que se desenvolvem segundo uma
superfície, com duas dimensões
predominantes; como chapas, cascas, lâminas, etc...
· Estruturas
volumétricas, tridimensionais: são aquelas em que se deve levar em
consideração as suas três dimensões.
Ex.: blocos, sapatas, barragens de gravidade, muros de gravidade, etc...
Sob
o ponto de vista do cálculo estático, as estruturas podem ser classificadas em
isostáticas,
hiperestáticas e hipostáticas.
· Estruturas
isostáticas – são estruturas restringidas a deslocamento de corpo rígido e
que podem ser resolvidas com as
condições de equilíbrio da estática (número de equações de equilíbrio é igual
ao número de reações vinculares, também chamados de estruturas estaticamente
determinadas);
· Estruturas
hiperestáticas – são estruturas restringidas em que o número de reações a
determinar é maior do que o número de
equações de equilíbrio da estática (estrutura estaticamente indeterminada);
· Estrutura hipostática
– são aquelas que são restringidas a possíveis deslocamentos de
corpo rígido, não satisfazendo assim às
condições de equilíbrio estável (em geral, neste caso, o número de reações
vinculares é menor do que o número de equações de equilíbrio da estática).
As estruturas em geral também são
classificadas quanto ao tipo de esforços e deformações a que estão submetidas.
Elementos
de uma estrutura
· Barra – elemento
estrutural cuja seção transversal é pequena em relação ao seu
comprimento e cujo eixo é uma reta ou
uma curva aberta;
· Viga – é uma
barra, ou um conjunto de barras alinhadas, em que as deformações por
flexão são predominantes;
· Arco – é uma
estrutura formada por uma barra cujo eixo é uma curva aberta;
· Pórtico – é uma
estrutura formada geralmente por um conjunto de barras não
alinhadas. Quando as barras situam-se no
mesmo plano das cargas (forças e/ou binários), é denominado de pórtico plano.
No caso geral é denominado de pórtico espacial;
· Viga balcão – é
uma barra de eixo curvo que se desenvolve num plano normal às
cargas;
· Grelhas – é um
conjunto de barras que se desenvolve num plano normal
(perpendicular), ao seu carregamento;
· Cestas –
conjuntos de barras não situadas no mesmo plano;
· Placas – são
estruturas superficiais planas em que as cargas agem normais
(perpendiculares), ao plano da placa.
Exemplo: lajes;
· Chapas – são
estruturas limitadas por dois planos paralelos em que as cargas agem
no plano médio destes planos. Exemplo:
viga parede;
· Lâminas – chapas
delgadas;
· Cascas – são
estruturas limitadas geralmente por duas superfícies curvas bastante
próximas entre si. As cascas finas estão
em geral submetidas a apenas esforços de membrana (na própria superfície da
estrutura), sendo desprezíveis os esforços de flexão;
· Treliças planas –
são estruturas formadas por barras geralmente de eixo reto, ligadas
entre si por rótulas, formando
triângulos. Quando as cargas estão aplicadas diretamente nos nós, as barras
estarão submetidas apenas a esforço axial;
· Estruturas tridimensionais
(volumétricas) – são estruturas nas quais as 3 dimensões
são consideradas;
· Fio – são barras
flexíveis não resistentes, portanto ao momento fletor. Em geral, usa-
se fio para barra de eixo reto e cabo
para barra de eixo curvo.
Materiais
empregados nas estruturas
Os materiais aplicados nas estruturas
dependem do tipo de esforços, caráter da estrutura e abundância do material.
Exemplo: madeira, pedras (naturais ou artificiais), concreto, tijolo, aço e
concreto armado.
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Entrevista interessante
sobre o comprometimento na estabilidade das construções em Teresina – PI,
devido à desintegração do calcário, elemento presente nas terras teresinenses.
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